UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICAMARÍLIA BRITO OLIVEIRAIDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE MELHORIA NO PROCESSO DEFABRICAÇÃO DE BASES LÍQUIDAS DE MAQUIAGEM EM UMA INDÚSTRIA DECOSMÉTICOSLORENA2015

MARÍLIA BRITO OLIVEIRAIDENTIFICAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE MELHORIA NO PROCESSO DEFABRICAÇÃO DE BASES LÍQUIDAS DE MAQUIAGEM EM UMA INDÚSTRIA DECOSMÉTICOSMonografia apresentada à Escola deEngenharia de Lorena – Universidadede São Paulo como requisito parcialpara obtenção de título de EngenheiroQuímico.Orientador: Prof. Dr. Marco AntonioCarvalho PereiraLORENA2015

DEDICATÓRIAAos meus pais, José Francisco e IzileidaAparecida, por me ensinaram desde cedo ovalor da educação e do esforço.

AGRADECIMENTOSAos meus pais, JOSÉ FRANCISCO e IZILEIDA APARECIDA, pelo apoio durantetodos esses anos, apesar da distância e das dificuldades.À minha irmã, MARINA BRITO, por sempre acreditar em mim e por me incentivara buscar novos desafios.Ao meu irmão, NATAN BRITO, pelos momentos de alegria e desprendimentosdos problemas e dos obstáculos.Ao meu orientador, Prof. Dr. MARCO ANTONIO CARVALHO PEREIRA; pelaajuda, tempo desprendido e atenção dedicada ao meu trabalho.A todos os meus amigos, que se tornaram minha segunda família, pelosmomentos de diversão e pelos momentos de estudo e dedicação em conjunto.Aos meus colegas de trabalho, integrantes ou não do projeto aqui apresentado,pelos ensinamentos e total apoio durante as atividades.Enfim, agradeço a todos que fizeram parte da minha jornada e contribuíram paraconcretizar meu objetivo.

“A única forma de fazer um grande trabalhoé amar o que se faz. Não deixe o ruído dasopiniões alheias esgotar sua voz interior.”(Steve Jobs)

RESUMOOLIVEIRA, M. B. Identificação de oportunidades de melhoria no processo defabricação de bases líquidas de maquiagem em uma indústria decosméticos. 2015. 57 f. Monografia (Trabalho de conclusão de curso) – Escolade Engenharia de Lorena, Universidade São Paulo, Lorena, 2015.As empresas estão, cada vez mais, buscando alternativas inteligentes paraatender às necessidades e às exigências do consumidor, melhorando processose produtos ao menor custo possível. O presente trabalho visou aplicar osconceitos de Melhoria Contínua no processo de fabricação de bases líquidas demaquiagem em uma indústria de cosméticos, focando na etapa de correção decor. Uma Pesquisa Ação foi realizada a fim de identificar oportunidades demelhoria no processo de fabricação, diminuir o tempo gasto nas correções decores e tornar mais confiável a liberação do produto final. O ciclo PDCA,conhecido como ciclo de Deming, foi utilizado para direcionar as atividades nasequência lógica de planejar, fazer, verificar e agir, de maneira a perpetuarmudanças no processo e replicar os sucessos obtidos. Os principais resultadosalcançados foram o atingimento da meta de redução de 30% no tempo médiogasto na etapa de correção de cor e a viabilização de método analítico paraquantificar a cor do produto final.Palavras-chaves: Melhoria Contínua, Ciclo PDCA, Indústria de Cosméticos,Pesquisa Ação.

ABSTRACTOLIVEIRA, M. B. Identification of improvement opportunities in themanufacturing process of liquid foundations makeup in a cosmetic industry.2015. 57 f. Monograph (Final Paper) – Engineering School of Lorena, University ofSão Paulo, Lorena, 2015.Companies are increasingly looking for smart alternatives to meet the needs andthe requirements of their customers, improving processes and products at thelowest cost. This paper aimed to apply the concepts of Continuous Improvement inthe manufacturing process of liquid foundations makeup in a cosmetic industry,focusing on color correction step. An Action Research was conducted in order toidentify opportunities for improvement in the manufacturing process, to reduce thetime spent in color corrections and to release more reliable final product. ThePDCA cycle, also known as Deming cycle, was used to guide the activities in thelogical sequence of plan, do, check and act in order to perpetuate changes in theprocess and replicate the successes. The main results were the achievement ofthe 30% reduction target on the average time spent in the color correction stepand making feasible the analytical method to quantify the color of the final product.Keywords: Continuous Improvement, PDCA Cycle, Cosmetics Industry, ActionResearch.

LISTA DE FIGURASFigura 1 - Representação SIPOC adaptado . 21Figura 2 - Estrutura do Diagrama de Ishikawa . 21Figura 3 - Estrutura da Matriz Esforço versus Impacto . 22Figura 4 - Estrutura das emulsões adaptado . 25Figura 5 - Cores no Sistema L, a, b . 28Figura 6 - Representação em quatro fases do ciclo básico da pesquisa-ação . 31Figura 7 – Fluxograma processo direto Base B . 37Figura 8 – Fluxograma Processo de Mistura de Emulsões Primárias . 38Figura 9 – Distribuição das causas potenciais no Diagrama de Ishikawa . 41Figura 10 – Tela inicial do software On Color e espectrofotômetro UltraScan PRO. 44Figura 11 – Cortes das emulsões primárias da Base B, amarelo no branco,vermelho no branco e preto no branco, respectivamente. . 45Figura 12 – Exemplo da interpretação do Software On Color em tons para oscortes da base B . 46Figura 13 – Leituras em escala CIE Lab emulsão primária amarela na branca(cortes Base B) . 46Figura 14 – Exemplo da correção solicitada em um processo da Base A. . 47Figura 15 – E CMC Padrão versus Amostra (Base B) . 48Figura 16 – Passo a Passo lâmina. 51Figura 17 – Passo a Passo Grindômetro . 52

LISTA DE QUADROSQuadro 1 – Relação entre as atividades da Pesquisa Ação e do ciclo PDCA . 32Quadro 2 - Tipos de base líquida de maquiagem . 37Quadro 3 – Dados da análise Matriz é, não é . 39Quadro 4 – Dados da análise SIPOC . 40Quadro 5 – Análise dos 5 Porquês . 42Quadro 6 – Plano de Ação resumido . 43

LISTA DE GRÁFICOSGráfico 1 - Monitoramento do tempo médio de correção de cor . 53Gráfico 2 - Monitoramento das reclamações . 53

LISTA DE SIGLASABase líquida de maquiagem AASTMAmerican Society for Testing and MaterialsBBase líquida de maquiagem BCBase líquida de maquiagem CCIEComissão Internacional de IluminaçãoCMCComitê de Medição de CorDBase líquida de maquiagem DISOInternational Organization for StandardizationITInstrução de TrabalhoMAMétodo AnalíticoPDCAPlan, Do, Check and ActPIPrescrição IndustrialPRProcedimentoSAPSistemas, Aplicativos e Produtos para processamentoSIPOCSupplier, Input, process, Output and Customer

LISTA DE SÍMBOLOSµ10-6a*Coordenada cartesiana que quantifica a variação das cores doverde para o vermelhoA/OEmulsão água em óleob*Coordenada cartesiana que quantifica a variação das cores do azulpara o amareloC*Quantifica a saturação da corh Ãngulo total dentro do espaço L*C*h L*Coordenada cartesiana que quantifica luminosidadeO/AEmulsão óleo em água Delta

SUMÁRIO1INTRODUÇÃO . 152QUALIDADE . 172.1 Gestão para Qualidade Total . 172.2 Melhoria Contínua . 182.3 O ciclo PDCA . 192.4 Ferramentas da qualidade utilizadas junto ao ciclo PDCA . 202.4.1Fase de Planejamento (Plan) . 202.4.2Fase da Execução (Do) . 222.4.3Fase da Verificação (Check). 232.4.4Fase da Avaliação (Act) . 233COSMÉTICOS E SUAS ESPECIFICIDADES . 243.1 Bases Líquidas de Maquiagem . 253.2 Pigmentos . 263.3 Colorimetria e Aparência . 274METODOLOGIA . 304.1 A empresa . 304.2 Método de Pesquisa . 304.3 Sinergia entre o Método de Pesquisa e o Ciclo PDCA . 314.4 Coleta de Dados . 324.5 Análise de Dados. 334.6 Realização da Pesquisa Ação . 33

4.6.1Fase de Planejamento: determinação das causas raízes econtramedidas. 334.6.2Fase de Execução . 344.6.3Fase de Monitoramento . 344.6.4Fase de Avaliação . 345RESULTADOS . 365.1 Fase de Planejamento . 365.1.1Bases líquidas de maquiagem abordadas no projeto . 365.1.2Análise da extensão do problema: Matriz é, não é . 385.1.3Mapeamento do processo: SIPOC . 395.1.4Análise de causa raiz: Diagrama de Ishikawa . 405.2 Fase de Execução . 415.2.1Alteração da Prescrição Industrial (PI). 435.2.2Implantação do Software de correção de cor On Color . 445.2.3Reciclagem dos Treinamentos . 495.2.4Capacidade de Homogeneização dos misturadores . 495.2.5Análise de pigmentos no recebimento . 505.2.6Análise de dispersão do pigmento . 505.3 Fase de Monitoramento . 525.4 Fase de Avaliação . 546CONCLUSÕES . 55REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . 56

151INTRODUÇÃODiversos setores da indústria vivenciam uma fase de alta competitividade pelomercado consumidor. Na tentativa de sobreviver e vencer num ambiente tãodesafiador, as organizações tentam se aprimorar e atender às expectativas docliente.As empresas precisam entender melhor o mercado consumidor e, também,os concorrentes, para então, adquirir recursos e tecnologia necessários paraobtenção de produtos mais competitivos. De acordo com Marino (2006), faz-senecessário buscar a Gestão da Qualidade, que consiste “num modo deorganização das empresas para garantir produtos e serviços com qualidade”,atendendo as especificações técnicas e ao menor custo possível (MARINO,2006).A atual situação de competividade força as empresas a rever suasestratégias de ação para atender padrões cada vez melhores de qualidade. Apressão e as exigências do mercado consumidor estão direcionando as empresasa serem mais flexíveis e inovadoras (MARINO, 2006).Dentro desse contexto de mudanças em prol de melhorias, as organizaçõesvêm implantando técnicas e ferramentas necessárias para a Melhoria Contínua,promovendo o aperfeiçoamento repetitivo e replicável dos processos. Mesquita eAlliprandini (2003) definem a Melhoria Contínua como um “processo de resoluçãode problemas”, através do qual as empresas tem liberdade para determinar osmelhores métodos de aplicação.O objetivo deste trabalho foi identificar oportunidades de melhoria noprocesso de fabricação de bases líquidas de maquiagem em uma indústria decosméticos. O foco foi à etapa de correção de cor e o uso de técnicas de MelhoriaContínua e do ciclo de Deming (PDCA).Os Objetivos específicos foram: Utilizar a metodologia PDCA como ferramenta para direcionar as atividadesnecessárias de forma lógica e replicável; Apurar e analisar os problemas que implicam no alto tempo de correção decor em bases líquidas de maquiagem;

16 Implantar melhorias no processo de fabricação e correção de cor de baseslíquidas de maquiagens, visando ganho de produtividade e maiorconfiabilidade nas liberações de cores; Analisar os resultados e confrontá-los com os objetivos e metas propostas.Este trabalho foi realizado na fábrica de maquiagens de uma empresa decosméticos, e alguns dos obstáculos encontrados foram limitações para alocaçãode recursos financeiros e de pessoas.

1722.1QUALIDADEGestão para Qualidade TotalSegundo a American Society for Quality Control “a Qualidade é a totalidadedos atributos e características de um produto ou serviço que podem satisfazer asnecessidades explícitas ou implícitas dos clientes”. A Gestão da qualidade buscaidentificar a necessidade do cliente e transformar essa necessidade em produtosou serviços, fortalecendo cada vez mais a interface entre as empresas e clientes(SILVA; SARAIVA, 2012).A Gestão da Qualidade total está atrelada a três áreas de ação: Sistema daQualidade; Mobilização, comunicação e capacitação dos recursos humanos eMelhoria Contínua. O Sistema da Qualidade é responsável por revisar epadronizar os procedimentos a fim de atender às necessidades da empresa eestar em conformidade com as normas da série ISO 9000:2008. Tornandopossível melhorar um processo já existente, e também, garantir que a melhoriaseja implantada e corretamente seguida (MARTINS; TOLEDO, 1998).De acordo com Carvalho (2011), “a norma ISO 9000:2008, reconhecidainternacionalmente, é genérica, não é uma norma de produto, mas se aplica aqualquer ramo da manufatura ou prestação de serviços”. (CARVALHO, 2011).Carvalhoprodutos/serviços(2011)afirmade erecersustentará no mercado”(CARVALHO, 2011). Apenas manter os padrões de desempenho da empresa nãogarante a sua sobrevivência no atual mercado competitivo. É necessário revisar aconduta e procedimentos utilizados, sempre em busca de melhorias. As ações deMelhoria Contínua trazem incrementos a nível macro e pontual, dependendo danecessidade da empresa e alocação de recursos (MARTINS; TOLEDO, 1998).

182.2Melhoria ContínuaO termo Melhoria Contínua é bastante utilizado, principalmente comoconsequência da implantação da Qualidade Total, mas também está relacionadoa outros temas, como por exemplo, a Lean Production. Attadia (2003) conceituaMelhoria Contínua como um processo focado na inovação incremental e queenvolve toda a organização, sendo que “para ser efetiva, a melhoria contínuaprecisa ser administrada como um processo estratégico com foco no longo prazo”(ATTADIA, 2003).As atividades que promovem mudanças ou rupturas nos padrões,associadas ao controle e implantação de melhorias, constituem a base doprocesso de melhoria contínua, de maneira a contribuir com o desempenho daempresa. A busca por melhorias é um processo sistemático que deve utilizar umametodologia científica estruturada, capaz de planejar, identificar as causas doproblema, analisar os resultados e padronizar os sucessos. O processo deMelhoria Continua é repetitivo, a ação é realizada várias vezes com o propósitode buscar soluções ou melhorias em processos já existentes. “O ciclo PDCA é ummétodo que permite que esforços sistemáticos e iterativos de melhoria” tragam osresultados ou metas esperados (ATTADIA, 2003).Através do ciclo PDCA, pode-se atuar em diferentes frentes de MelhoriaContínua: “manutenção da performance atual, melhoramento incremental dosprocessos existentes e transformação ou mudança dos processos” (ATTADIA,2003).Dentro deste contexto, pode-se dizer que a Melhoria Contínua funcionacomo um método de renovação empresarial que depende de todos os envolvidos.Uma empresa, mesmo pequena ou automatizada, é construída pelas pessoasque realizam cada atividade. Dessa maneira, a Melhoria Contínua faz sentido etraz resultados quando alinhada ao objetivo de todos os colaboradores e demaisinteressados no sucesso do negócio. Portanto, é importante motivar e capacitaros funcionários, a fim de gerar conhecimento e ações (MARTINS; TOLEDO,1998).

192.3O ciclo PDCAO ciclo PDCA é uma técnica utilizada, principalmente, para otimização deprocessos, pode ser facilmente aplicada para resolver problemas do dia a dia,ajudar no processo de tomada de decisão e conduzir iniciativas de melhoria. OPCDA visa pensar em atividades que saem da gestão da rotina focando emmelhorar e perpetuar mudanças no processo.O Ciclo PDCA (do inglês, Plan – Do – Check - Act), também conhecidocomo ciclo de Deming, é um modelo de melhoria contínua da qualidade queconsiste de uma sequência lógica de quatro etapas repetitivas para a melhoriacontínua e aprendizagem: Plan (planejar), Do (fazer), Check or Study (verificar) eAct (agir). Sua origem pode ser rastreada até o especialista em estatística, WalterA. Shewhart, que na década de 1920, introduziu o conceito de Plan (planejar), do(fazer) e See (ver). Mais tarde, o guru da qualidade e renomado estatístico,Edward W. Deming modificou o ciclo de Shewhart para: planejar, fazer, estudar eagir, ciclo PDCA. JM Juran e Deming, ambos chamados gurus da qualidade,foram para o Japão, como parte das forças de ocupação dos aliados após aSegunda Guerra Mundial, onde Deming ensinou vários métodos de melhoria daqualidade para os japoneses, incluindo o uso de estatística e do Ciclo PDCA(ISIXSIGMA, 2014).No ciclo PDCA, Plan significa planejar. Essa é a etapa que visa definir umnovo padrão para atingir metas de qualidade, custo, entrega, entre outros(WERKEMA, 1996). Planejar significa esclarecer o problema e dividi-lo,estabelecer metas e objetivos, analisar as causas raízes e desenvolver as contramedidas.Do significa fazer, essa é a etapa de execução do PDCA, que consiste naimplantação das contramedidas, acompanhamento do progresso a partir derelatórios para coleta de dados, os quais serão utilizados na etapa seguinte(WERKEMA, 1996).Check quer dizer verificar. Corresponde à etapa de monitoramento dosresultados, ou seja, será feita a análise da efetividade das ações de mudança queforam implantadas. Caso o resultado seja negativo, e a meta não foi atingida,deve-se fazer uma nova análise, girar novamente o ciclo PDCA para analisar o

20que foi planejado, executado e os resultados obtidos, bem como apurar a razãopela qual a meta não foi atingida e planejar uma nova proposta (WERKEMA,1996).Act significa agir, ou seja, diante da eliminação definitiva das causas, rocuraroportunidades de replicação para trabalhos futuros (WERKEMA, 1996).2.4Ferramentas da qualidade utilizadas junto ao ciclo PDCAEssa seção irá identificar as ferramentas que podem ser utilizadas paraauxiliar o andamento e cumprimento das atividades ao longo das quatro etapasdo ciclo PDCA.2.4.1 Fase de Planejamento (Plan) Matriz É, Não É: ajuda a definir um rumo para investigação do problema, oescopo de ação do projeto e a extensão do problema; foca o time em questõesque devem ser levantadas primeiro e documenta toda informação conhecidasobre o problema. SIPOC (do inglês, “Supplier, Input, Process, Output, Customer”): ferramenta queauxilia no desenvolvimento e elaboração de uma sequência lógica de ações comfoco no cliente; o conceito do SIPOC é utilizado para ajudar no desenvolvimentode cada etapa do processo e do mapa de processo de alto nível.O SIPOC é uma ferramenta que proporciona o mapeamento do processo,identificando quais são os fornecedores (Suppliers), os componentes que entramno processo (Input). Além disso, é levado em conta o detalhamento do processocomo foco do estudo (Process), as saídas do processo (Output) e os clientes

21envolvidos (Costumers) (TORRES; EIRO, 2013). A Figura 1 representa o conceitoexposto:Figura 1 - Representação SIPOC adaptadoFonte: Tracy (2011) Diagrama de Ishikawa: tem como objetivo providenciar a visualização de todas aspossíveis causas ou fontes de um problema específico, através das principaisentradas do processo. Também é conhecido por Espinha de Peixe e Diagrama deCausa e Efeito, conforme ilustrado na Figura 2:Figura 2 - Estrutura do Diagrama de IshikawaFonte: Bastiani e Martins (2012)

222.4.2 Fase da Execução (Do) 5 Porquês: ferramenta simples de resolução de problemas, consiste em formulara pergunta “Por quê” até cinco vezes em cima das causas potencias priorizadasno Diagrama de Ishikawa, afim de reverter a fonte de um problema em causa raizreal. Nem sempre é necessário formular cinco perguntas, o objetivo é reverter oproblema em uma causa. 5W2H: ferramenta simples e bastante útil na montagem de planos de ação paracombater as causas dos problemas, com a finalidade de melhoria do processo;método que consiste em fazer questionamentos sobre o processo a fim deesgotar todos os assuntos relacionados a ele; refere-se a uma sigla em inglês, naqual 5 questões iniciam-se com a letra “w” e 2 iniciam-se com a letra “h”.O 5W2H pretende responder essas 7 questões: Why? What? Who? When?Where? How? E How much? (Por que? O que? Quem? Quando? Onde? Como?E quanto?). Ferramenta utilizada para identificar os relacionamentos entre ascausas e a hierarquia (NADAE, et al., 2009). Matriz Esforço versus Impacto: ferramenta utilizada para avaliar cada causa quefor priorizada em um projeto, quais são aquelas em que é válido tomar ações parareduzir os defeitos no processo, coletar os dados para as análises e empreenderrecursos (tempo, dinheiro, pessoas). A Figura 3 representa o conceito exposto:Figura 3 - Estrutura da Matriz Esforço versus ImpactoFonte: Autora

232.4.3 Fase da Verificação (Check) Cartas de Controle de Processo: ferramenta estatística, Gráficos de Controle, quedistribui “dados de modo a permitir a visualização do estado de controle de umprocesso e o monitoramento, quanto à locação e disposição, de itens de controledo processo” (WERKEMA, 1996). O Gráfico de Controle representa um conjuntode pontos (amostras), que estão ordenados no tempo, delimitados por linhashorizontais, chamadas: LSC (Limite Superior de Controle) e LIC (Limite Inferior deControle). Estas linhas determinam o Padrão Natural de Variação de umprocesso, ou seja, a faixa de variação devido à influência das causas comuns,previsíveis.2.4.4 Fase da Avaliação (Act)Nessa etapa deve ser feita a estruturação dos processos de sucesso ecompartilhamento do que foi procedente. É necessário prever se a incorporaçãocontínua das mudanças será eficaz e se haverá replicação dos treinamentos econhecimento para novas pessoas atuando no processo. Depois de consolidadasas mudanças, deve-se redigir o procedimento que estabelece as novasresponsabilidades e detalhes referentes à execução.Caso o objetivo do ciclo PDCA não seja alcançado é necessário retomar asatividades, tentando identificar os problemas que persistem e suas causaspotenciais.

243COSMÉTICOS E SUAS ESPECIFICIDADESEm paralelo ao desenvolvimento das áreas de necessidades básicas, comosaúde, educação, alimentação e vestuário, o aumento do poder aquisitivo departe da população faz com que, cada vez mais, homens e mulheres sepreocupem com a higiene pessoal e aparência (GALEMBECK, 2011).Atualmente, a indústria de cosméticos assume papel de importância naeconomia de vários países, incluindo o Brasil. Pesquisa, desenvolvimento,produção e comercialização de cosméticos oferecem perspectivas promissoras,uma vez que a exigência e a necessidade do mercado são cada vez maiores(GALEMBECK, 2011).De acordo com Galembeck (2011), “cosméticos são substâncias, misturas ouformulações usadas para melhorar ou para proteger a aparência ou o odor docorpo humano”.A definição e tipos de produtos classificados como cosméticos varia deacordo com a legislação de cada país.“Cosméticos no Brasil são controlados pela Câmara Técnica deCosméticos da ANVISA (CATEC/ANVISA) e pela Resolução RDCnº. 211, de 14 de julho de 2005. A definição oficial de cosméticosadotada por essa Câmara compreende todos os produtos de usopessoal e perfumes que sejam constituídos por substânciasnaturais ou sintéticas para uso externo nas diversas partes docorpo humano – pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãosgenitais externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral– com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los,alterar sua aparência, corrigir odores corporais, protegê-los e/oumantê-los em bom estado. Os produtos do setor são divididos em4 categorias e 2 grupos de risco, de acordo as Resoluções79/2000 e 335/1999” (GALEMBECK, 2011).As formulações de cosméticos são complexas e utilizam uma amplavariedade de matérias-primas. O produto acabado deve atender a uma série depropriedades além de apresentar performance coerente com a especificação ecom o valor do produto (GALEMBECK, 2011). As bases líquidas de maquiagem eos pigmentos utilizados em suas formulações são objeto de estudo do presentetrabalho. As chamadas Bases líquidas de maquiagem são um cosmético paraembelezamento por cobertura das imperfeições da pele e também podem possuirfator de proteção solar, hidratação, dentre outras funções.

253.1Bases Líquidas de MaquiagemAs bases líquidas de maquiagem, foco de estudo deste trabalho, se referemao produto acabado utilizado para cobrir ou disfarçar as imperfeições da pele.Essas bases são emulsões, geralmente os óleos são utilizados como matriz dasformulações, já que muitas substâncias utilizadas em cosméticos são insolúveisem água. Outros ingredientes são aquosos ou pré-dissolvidos em água, portantohaverá formação de emulsões. As emulsões podem ser dos ingredientes namatriz (água/óleo) ou da matriz nos ingredientes (óleo/água), a estrutura dessasemulsões está ilustrada na Figura 4 (GALEMBECK, 2011).Figura 4 - Estrutura das emulsões adaptadoFonte: Gomes et al. (2004, p.132)Bases Líquidas na forma de emulsão água em silicone ou em óleo(água/óleo) possuem excelente deslizamento na pele; melhor cobertura queemulsões óleo/água; textura sedosa pós-aplicação; boa durabilidade; e afuncionalidade do produto pode variar de hidratante a absorvente de óleo (doinglês, oil free) (informação verbal)1.Bases Líquidas na forma de emulsão óleo em água são facilmenteremovidas depois da aplicação; espalham na pele com facilidade; apresentamuma sensação mais refrescante que emulsões água/óleo, porém a performancedo produto é inferior (informação verbal)2.12Informação fornecida pela empresa de Cosméticos, em 2014.Informação fornecida pela empresa de Cosméticos, em 2014.

26A base líquida é uma complexa emulsão constituída por três fases: aquosa,oleosa e sólida. A fase sólida é constituída basicamente por pós, como porexemplo, os pigmentos, responsáveis pela cor do produto final. Os pigmentosrepresentam cerca de 8% da formulação de bases líquidas, geralmente setratando de substâncias naturais e suscetíveis à variação de tonalidade. Essasvariações, não só de tonalidade, mas também de espessura, dentre outrascaracterísticas, devem ser bem administradas no processo de fabricação, a fim deevitar problemas com o produto final (informação verbal)3.3.2PigmentosAntes de definir pigmentos, é preciso entender o que é cor. De acordo comFarkas (2012), “cor é uma palavra que descreve uma distribuição irregular daenergia radiante, visível, que impressiona os olhos, partindo de uma fonte de luz erefletindo nos objetos”.Os pigmentos têm função de coloração em cosméticos e estão presentesem todos aqueles que necessitam de cor. Exemplos de pigmentos naturais são:Dióxido de Titânio e Óxido de Zinco (branco), Negro de Fumo (preto), Índigo(azul), Clorofila (verde), Carmim (vermelho), Euxantina (amarelo) e Açafrão(laranja) (GALEMBECK, 2011).Essencialmente,

fabricação de bases líquidas de maquiagem em uma indústria de cosméticos. 2015. 57 f. Monografia (Trabalho de conclusão de curso) – Escola de Engenharia de Lorena, Universidade São Paulo, Lorena, 2015. As empresas estã

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