MANEJO DE ABELHAS NATIVAS SEM FERRÃO NA AMAZÔNIA CENTRAL

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Instituto de DesenvolvimentoSustentável MamirauáPrograma de Manejo de AgroecossistemasMANEJO DE ABELHAS NATIVASSEM FERRÃO NA AMAZÔNIA CENTRALExperiências nas Reservas de DesenvolvimentoSustentável Amanã e Mamirauá

Instituto de DesenvolvimentoSustentável MamirauáPrograma de Manejo de AgroecossistemasMANEJO DE ABELHAS NATIVASSEM FERRÃO NA AMAZÔNIA CENTRALExperiências nas Reservas de DesenvolvimentoSustentável Amanã e Mamirauá

Governo do BrasilPresidente da RepúblicaMichel Miguel Elias Temer LuliaMinistério da Ciência, Tecnologia, Inovações e ComunicaçõesGilberto KassabInstituto de Desenvolvimento Sustentável MamirauáDiretor GeralHelder Lima de QueirozDiretora AdministrativaJoycimara de Sousa FerreiraDiretor Técnico-CientíficoJoão Valsecchi do AmaralDiretora de Manejo e DesenvolvimentoIsabel Soares de Sousa

Instituto de DesenvolvimentoSustentável MamirauáPrograma de Manejo de AgroecossistemasMANEJO DE ABELHAS NATIVASSEM FERRÃO NA AMAZÔNIA CENTRALExperiências nas Reservas de DesenvolvimentoSustentável Amanã e MamirauáJacson Rodrigues da SilvaCarlos Alexandre DemetercoPaula de Carvalho Machado AraujoAngela May StewardFernanda Maria de Freitas VianaTEFÉ, AMIDSM2018

MANEJO DE ABELHAS NATIVAS SEM FERRÃO NA AMAZÔNIA CENTRALExperiências nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Amanã e MamirauáFicha TécnicaElaboração: Jacson Rodrigues da Silva, Carlos Alexandre Demeterco,Paula de Carvalho Machado Araujo, Angela May Steward e Fernanda Maria de Freitas VianaEdição: Amanda LelisRevisão: Emmi Gadelha Esashika RamiresProjeto Gráfico: W5 Criação e DesignIlustração: José Augusto Celestino de OliveiraFicha catalográfica: Graciete Rolim (Bibliotecária CRB-2/1100)1a. edição: 20151a. reimpressão: 2018Manejo de abelhas nativas sem ferrão na AmazôniaCentral: experiências nas Reservas de DesenvolvimentoSustentável Amanã e Mamirauá / Jacson Rodrigues da Silva;Carlos Alexandre Demeterco; Paula de Carvalho MachadoAraujo; Angela May Steward; Fernanda Maria de Freitas Viana(Autores); José Augusto Celestino de Oliveira (Ilustrador). Tefé,AM: IDSM, 2018.24 p., il., color.ISBN: 978-85-88758-50-61. Abelhas sem ferrão - Manejo. 2. Abelhas nativas –Amazônia central. 3. Reserva de Desenvolvimento SustentávelAmanã – Amazonas. 4. Reserva de Desenvolvimento SustentávelMamirauá – Amazonas. I. Instituto de DesenvolvimentoSustentável Mamirauá – IDSM.CDD 638.12

ApresentaçãoA agricultura, a pesca, a caça e o extrativismo são práticas muitocomuns dos moradores das Reservas de Desenvolvimento SustentávelMamirauá e Amanã, no Amazonas. No momento de escolherem umaárea para fazer a roça, na maioria das vezes, os agricultores deixavamde observar a presença de ninhos de abelhas (as abelheiras) nasárvores que eram derrubadas para o plantio, e não havia retirada e nemaproveitamento dos ninhos. Desta forma, muitos ninhos de abelhasforam destruídos, sem que fosse realizado o manejo adequado.Para incentivar o aproveitamento dos ninhos, a partir das experiênciastrocadas entre profissionais do Instituto de DesenvolvimentoSustentável Mamirauá e produtores envolvidos na criação deabelhas nativas sem ferrão na Amazônia Central,compartilhamos as informações desta cartilha.Os objetivos são incentivar o manejo e o aproveitamento dos ninhos deabelhas nativas sem ferrão; e fortalecer as práticas dessa atividade quese apresenta como mais um elemento de diversificação da produçãorural e que contribui para a conservação dos ambientes agrícola enatural. Visa ainda apoiar os agentes envolvidos no manejo de abelhasnativas sem ferrão e outros grupos que possam se interessar pelaatividade, por meio de procedimentos simples e práticos.A elaboração desta cartilha é fruto de um trabalho que, desde 2009,envolve a estratégia de manejo de um recurso natural, por meio deoficinas, assessoria técnica contínua e experimentações. Todo o manejodas abelhas é realizado com famílias moradoras das áreas das Reservasde Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã e seu entorno.BOA LEITURA!

Introdução1 Diversidade, função e importância dasAbelhas Nativas Sem FerrãoAs abelhasNo mundo todo existem cerca de 20 mil espécies de abelhas, sendo que 400 destas espéciessão abelhas sem ferrão, também chamadas de Meliponíneos. Somente na Amazôniabrasileira são conhecidas aproximadamente 130 espécies de abelhas sem ferrão. Umestudo realizado pelo Instituto Mamirauá, nas Reservas de Desenvolvimento SustentávelAmanã e Mamirauá, identificou 33 espécies de abelhas nativas sem ferrão. Algumasdelas são conhecidas pela população local como: jandaíra-preta, jandaíra-amarela,uruçú-boca-de-renda, uruçú-preta, uruçú-amarela, uruçú-boi e diversos outros nomes.Os serviços das abelhas para o ambiente A polinizaçãoO pólen é um "pó" amarelo alaranjado quepodemos observar na maioria das flores.É a partir dele que muitas plantas conseguem se reproduzir e produzir frutos.Muitos animais como os insetos, aves emorcegos, se alimentam do néctar ou coletam pólen, realizando visitas diariamente a muitas flores. Essas visitas promovema polinização, que é a forma de reprodução de diversas espécies de plantas. Asabelhas também realizam visitas de florem flor, sendo um trabalho realizado combastante eficiência por esses insetos.A reprodução das plantas está diretamente ligada às visitas das abelhas às suas flores, quando acontece a polinização. Dessaforma, elas se tornam alguns dos principais agentes polinizadores, exercendouma função importante na geração defrutos na floresta e nos sítios, como, porexemplo: açaí, cupuaçú, castanhas, maracujá, jambo, coco, melancia, laranja, ara8Manejo De Abelhas Nativas Sem Ferrão Na Amazônia Centralçá, camu-camu e várias outras plantas daagricultura. Isto demonstra que a preservação das abelhas traz muitos benefíciospara a natureza e para o homem também.

2 Divisão social dasAbelhas na colmeiaAs abelhas nativas sem ferrão são insetosque vivem em colônias, nas quais sedividem por funções: Operárias: responsáveis pela coletade pólen, néctar e água; também sãoresponsáveis pela construção e reparosdo ninho, entre outras funções. Sãotodas fêmeas, mas não se reproduzem,e fazem quase todas as atividadesda colmeia. São elas também queproduzem o mel. Zangões: são os machos, que só estãopresentes nos ninhos em algumasépocas do ano, e em poucos indivíduos. Têm a função reprodutiva defecundar a rainha e, após esse ato,os zangões morrem e os outros sãoexpulsos da colmeia. Rainha: é a única abelha que irá gerarnovos indivíduos, sendo responsável,portanto, pela manutenção reprodutivada colmeia, produzindo ovos constantemente. Diferencia-se também visivelmente porque apresenta o abdômenmaior que o das operárias.3 Como diferenciar asAbelhas Sem Ferrão dasAbelhas-Caba As abelhas sem ferrão são assimconhecidas por possuírem ferrão nãodesenvolvido, ou seja, ferrão “muitopequeno”, incapaz de ferroar. Existemmuitas espécies de abelhas sem ferrão,e cada uma delas constrói a entradade seus ninhos de maneira diferente,sendo comum construírem as entradasde seus ninhos em forma de “canudos”.Essa é uma das características quepodemos observar nas diferentesabelhas sem ferrão. As abelhas com ferrão são conhecidas,em outros lugares do Brasil, comoabelha europeia ou abelha africana(Apis mellifera). Na região em que nosencontramos, no Médio Solimões, sãoconhecidas como “abelhas caba”.A sua principal diferença é a presençade ferrão, além do comportamentoagressivo, caracterizado pela defesada colmeia por meio de ferroadas. Asentradas dos ninhos dessas abelhas nãosão em forma de canudos. São apenas“buraquinhos”, onde, normalmente, elasficam em grande número.Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá9

4 Os tipos de manejo observadosNas áreas que hoje são as Reservas Mamirauá e Amanã, a população ribeirinha, pararealizar a extração do mel das “abelheiras”, derrubava a árvore e retirava o mel diretamentedo tronco ou do galho das árvores, sem transferir as abelhas, e por isso as colôniasacabavam sendo perdidas. Essa prática ficou conhecida como “extração oportunista” oque ocorria, na maioria das vezes, quando encontravam colmeias no processo de fazerroça. A partir de 2009, com a disseminação das práticas de manejo, essa realidade vemmudando gradativamente.De maneira geral, podemos observardois tipos de manejo na região: Manejo tradicional: caracterizadocomo as práticas de extrativismo demel, realizadas diretamente no troncocom o ninho das abelhas “jandaíras”,10Manejo De Abelhas Nativas Sem Ferrão Na Amazônia Centralquando encontrado na mata. Aspessoas trazem o tronco ou galho daárvore com o ninho das abelhas, paramantê-lo perto de suas casas, chamadode “cortiço” e, a partir deste tronco,retiram o mel, aprendendo a convivercom as abelhas.

Manejo orientado: vem sendo definidoa partir das práticas geradas por trocasde experiências e aprendizados nas oficinas, cursos e assessoria técnica contínua, realizado pela equipe do Programade Manejo de Agroecossistemas, doInstituto Mamirauá, que deram suporte ao manejo. Tais ações possibilitaramque as pessoas criassem as abelhas emcaixas-colmeias, facilitando a retiradado mel, do pólen e a prática de divisãodas colmeias.A mudança na relação com as abelhasmelíponas - “as jandaíras”Atualmente, o manejo das abelhas nativassem ferrão é fortalecido por meio da trocade informações entre os profissionais(técnicos e pesquisadores) e criadores, quecontribuem com seu conhecimento local.Na região do Médio Solimões, o Instituto deDesenvolvimento Sustentável Mamirauátem feito o papel de assessorar iniciativasde manejo. Outro potencial desse manejoé fortalecer a participação dos moradores,dando oportunidade ao envolvimento detoda a família.Com as informações de manejo compartilhadas é possível observar uma mudançapositiva nas percepções das famílias sobreas abelhas “jandaíras”. Assim, a prática deretirada do mel na floresta, tem sido realizada pelos ribeirinhos, tomando cuidadocom os ninhos para sua manutenção e paraa conservação das abelhas. Lembrandoque a orientação é sempre verificar a existência de ninhos de abelhas nas árvoresantes de realizar o manejo da floresta paraplantar o roçado.Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá11

6 Ofertando floradaspara as abelhasO plantio frequente de frutíferas emáreas de sítios, quintais, roças e capoeirasgarante uma rica florada para as abelhase, consequentemente, frutos para anossa alimentação. Essa prática garantetambém a oferta de néctar, pólen e resinas,elementos constantemente procuradospelas abelhas, uma vez que necessitamdeles diariamente.7 Termos e definições: Meliponicultura: é o nome dado àatividade de criação de abelhas nativassem ferrão. Meliponicultor: é a pessoa que sededica à criação de abelhas nativassem ferrão. Meliponário: é o local onde as caixasde abelhas ficam instaladas, podendoser em suportes individuais ou suportescoletivos. Quando construídas em áreade várzea, deve-se ter a preocupaçãocom os níveis das enchentes.12Manejo De Abelhas Nativas Sem Ferrão Na Amazônia Central8 Os produtos das abelhassem ferrão Mel: é o produto mais conhecido, queé produzido pelas abelhas a partir donéctar que coletam das flores. Quandoé retirado maduro dos favos, é usadona dieta da população da região, bemcomo em xaropes caseiros. Pólen ou “saburá”: o pólen é conhecido como “saburá” pelos ribeirinhos.O “saburá” não se refere às “fezes” dasabelhas, mas sim ao pólen das flores queé coletado e armazenado na colmeia. Geoprópolis: é um produto ainda poucoutilizado. Este produto é o resultadoda junção das resinas das árvores ede barro formando uma espécie de"cimento", o qual as abelhas usam aoredor dos ninhos para protegê-los,principalmente, da entrada de inimigos.

9 Etapas do manejo Construção de caixas-colmeias Por que usamos a caixa na criaçãode abelhas?As ferramentas usadas são aquelasque as famílias já possuem na própriacomunidade, tais como: serrote, martelo,trado, tábua, pregos e madeira-ripão.A caixa é utilizada para facilitar o manejodas abelhas no momento das práticas dedivisão das colmeias e de colheita dosprodutos (mel e pólen), diminuindo aperturbação das abelhas.A caixa é dividida em blocos ou módulos,sendo montada de baixo para cima,conforme a necessidade das abelhas. Ouseja, conforme a colmeia se desenvolve,como os favos de cria (“os filheiros”)crescem, surge a necessidade de adicionaros blocos ou módulos.A partir do momento em que as técnicasde manejo são dominadas pelo produtor,não é mais preciso a derrubada deárvores para extração de ninhos. Sendoassim, as dificuldades enfrentadas paraa extração de um ninho da florestapodem ser evitadas pelo meliponicultor,Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá13

já que é possível aumentar o número deninhos a partir daqueles que já estão nomeliponário. Essa prática é conhecidacomo "divisão ou multiplicação" decolmeia, e será vista ainda nesta cartilhaem outro tópico.Ninho: bloco que deve ser encaixadosobre o fundo, local onde também sãocolocados os favos de cria, no momentoda transferência, possuindo 4 (quatro)ripinhas ajustáveis para segurar os discosde cria. Caixas conforme as exigênciasdas abelhas!MEDIDAS: 2 (duas) peças com 23centímetros de comprimento e 2 (duas)peças de 18 centímetros, 7 centímetrosde altura e 2,5 centímetros de espessura.Com experimentações, observações doscriadores, pesquisadores e técnicos, noque diz respeito ao processo de manejo naregião do Médio Solimões, percebeu-seque as espécies manejadas que citamosa seguir se adaptaram melhor a modelosde caixas com tamanhos específicos, deacordo com a espécie. Abelhas que exigem tamanhosde caixas normais- Uruçú-boca-de-rendaou Jandaíra amarela- Jandaíra preta ou Jandaíra cinzentaMEDIDAS DA CAIXA COMTAMANHO NORMALFundo: é uma base de madeira que possuitambém duas peças pequenas presas naparte de baixo, funcionando como os pésda caixa.MEDIDA DA BASE: 23x23 centímetrosde comprimento e largura, e com 2,5centímetros de espessura.14Manejo De Abelhas Nativas Sem Ferrão Na Amazônia CentralSobre-Ninho: outro bloco que deve serencaixado sobre o ninho no momento datransferência. Possui as mesmas medidasdo ninho e também acompanha 2 (duas) ripas flexíveis para ajustar os discos de cria.Melgueira: local onde as abelhasconstroem os potes de alimentos, mele pólen. Essas estruturas possuempequenas ripas pregadas na parte inferiordo bloco, com frestas para as abelhastransitarem entre o ninho e a melgueira.MEDIDAS: 2 (duas) peças com 23centímetros e 2 (duas) peças com 18centímetros, com 7 centímetros de alturae 2,5 centímetros espessura.Tampa: são as mesmas medidas da baseusada no fundo da caixa. Apenas deve-seatentar na hora de pregar as duas ripas,uma em cada lateral, na parte de cima datampa, com uma pequena inclinação parafacilitar a caída da água das chuvas apósser colocado o pedaço de telha em cimada caixa.

MEDIDAS DA CAIXA NORMALMEDIDAS DA CAIXA REDUZIDA Abelhas que exigem tamanhosde caixas menorescentímetros e 2 (duas) peças com 15centímetros, 7 centímetros de altura e2,5 centímetros espessura.- Uruçú vermelha- Uruçú amarela- Uruçú preta ou Uruçú cinzentaSobre-Ninho: possui as mesmas medidasdo ninho.Essas abelhas se adaptam com muitomais facilidade às caixas com medidasmenores, como são descritas abaixo:Melgueira: 2 (duas) peças com 20centímetros e 2 (duas) peças com 15centímetros, com 7 centímetros de alturae 2,5 centímetros de espessura.MEDIDAS DA CAIXA COMTAMANHO REDUZIDOFundo: uma base de madeira medindo20x20 centímetros de comprimento elargura e 2,5 centímetros de espessura.Ninho 2: 2 (duas) peças medindo 20Tampa: a base possui as mesmas medidasda tampa. Apenas deve-se atentar nahora de pregar as duas ripas, uma em cadalateral na parte de cima da tampa, com umapequena inclinação para facilitar a caídada água das chuvas após ser colocado opedaço de telha em cima da caixa.Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá15

10Prática da transferênciado ninho Cuidados com o ninho antes datransferênciaApós a escolha de uma área paraimplantação do roçado, verifique seexiste algum ninho de abelha sem ferrãono tronco das árvores dessa área. Casoexista, recomenda-se fazer a retirada deleantes da derruba e queima tradicional daárea. Dessa forma, o criador aproveita umninho que seria perdido.Ao encontrar um ninho ou uma colônianatural de abelhas, é preciso seguir asorientações:- Trazer o tronco ou galho sempre ao finaldo dia, quando todas as abelhas estãono ninho;- Colocar o tronco na mesma posição emque se encontrava na árvore;- Colocar o tronco próximo do sítio eafastado das casas; Transferência do ninhoEste é o momento em que abrimos otronco para a retirada dos discos de criae das abelhas, passando-os para a caixa.É importante lembrar que essa práticadeve ser realizada após um período de 15a 20 dias, a partir da instalação do ninhonatural no local no sítio.16Manejo De Abelhas Nativas Sem Ferrão Na Amazônia Central O que precisamos fazer antes datransferência- Organizar o local para receber a caixacom as abelhas no meliponário ouno local onde se pretende montá-lo,deixando o esteio (tripé) preparado;- Organizar a caixa com os módulos(fundo, ninho, sobre-ninho e tampa);- Ter um machado ou motosserra parafacilitar a abertura do tronco;- Ter tesouras ou uma faca para ajudar adesprender os discos de cria do interiordo tronco; O que precisamos fazer durantea transferência- Ter ajuda no mínimo de duas pessoaspara abrir o tronco;- Deve-se manter o tronco em pé ecomeçar a abrir de cima para baixo,cuidadosamente, para não machucar osdiscos de cria. Geralmente a espessurados troncos varia de 2 a 4 cm.- Após a abertura, retirar imediatamentetodos os discos de cria com cuidado ecolocá-los no interior do ninho, que jádeve estar sobre o fundo;- Deve-se procurar a abelha rainha e,caso seja encontrada, usar uma folhaou sarrafo de madeira para colocá-lana caixa, sobre os discos de cria,cuidadosamente. Não é recomendadocolocar a mão na rainha porquepodemos deixar o nosso cheiro (odor)característico, assim ocorre o risco dela

ser rejeitada e morta na caixa, após atransferência;- Se a abelha rainha não for encontrada,deve-se ter muito cuidado com acolmeia. Na maioria das vezes, aspróprias abelhas criam uma nova rainha.Mas a prioridade é sempre encontrara rainha do ninho a ser transferidodo tronco para a caixa, pois assim aadaptação é mais rápida.- Colocar um pedaço de cera com umpouco de mel, próximo ao furo de entrada para atrair as abelhas para a caixa.- Colocar o sobre-ninho e a tampa.- Colocar a caixa no local preparado nomeliponário.Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá17

O que fazer após a transferência- Vedar a caixa usando fitas ou argila(“barro”), que não deve ser retirada delocais próximos a banheiro, lavatórioou sanitário.- Colocar uma cobertura na caixa, porcima da tampa, usando um pedaço dealumínio ou telha.- Observar presença de forídeos(Pseudohypoceraspp.), que sãopequenas moscas que se movimentamrapidamente e podem entrar nas caixas,sendo uma ameaça para a colmeia.- Caso observe a presença dessasmoscas (forídeos), fazer uma armadilhareutilizando uma garrafa “pet” pequenacom furos nas laterais, colocar algo quepossa atraí-las, por exemplo: “saburá”(pólen) diluído em água, e deixarpróximo à caixa.- Para evitar formigas, cupins e baratasnas caixas, amarre um pedaço de tecidono esteio da caixa. Esse tecido deveráestar embebido com uma solução dealho amassado, capim santo, tabaco oucitronela, que são repelentes naturais.Reforce com mais calda conforme otecido for ficando seco.- Após 20 dias de transferência, deve-seabrir a caixa, com muito cuidado, paraverificar a adaptação das abelhas e, senecessário, colocar a melgueira.18Manejo De Abelhas Nativas Sem Ferrão Na Amazônia Central11Outros cuidados com acaixa após a transferência- Orienta-se acompanhar a caixaregularmente para verificar a presençaou não de inimigos naturais, tais como:sapos, lagartos “meleiros”, baratas,formigas, cupins, traças, abelhinhascom cheiro de limão, dentre outros.- Caso a caix

1 Diversidade, função e importância das Abelhas Nativas Sem Ferrão As abelhas No mundo todo existem cerca de 20 mil espécies de abelhas, sendo que 400 destas espécies são abelhas sem ferrão, também chamadas de Meliponíneos. Somente na Amazônia brasileira são conhecidas aproximadamente 130 espécies de abelhas sem ferrão. Um

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11 de 20 de outubro de 2000 e Instrução Normativa n. 3, de 19 de janeiro de 2001. Como iniciar a criação de abelhas sem ferrão? Os três pilares que garantem o sucesso da atividade de Melipo-nicultura são: manejo, genética e pasto meliponícola. Portanto, antes de iniciar sua criação, recomendamos que o interessado busque informações

3 Annual Book of ASTM Standards, Vol 01.01. 4 Annual Book of ASTM Standards, Vol 01.03. 5 Annual Book of ASTM Standards, Vol 01.05. 6 Annual Book of ASTM Standards, Vol 03.01. 7 Annual Book of ASTM Standards, Vol 03.03. 8 Available from Manufacturers’ Standardization Society of the Valve and Fittings Industry, 1815 N. Fort Myer Drive, Arlington, VA 22209. 9 Available from American Society of .