A EVOLUÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DA INDÚSTRIA .

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A EVOLUÇÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DA INDÚSTRIAAUTOMOBILÍSTICA NO BRASILAutoria: Luiz Felipe Scavarda e Sílvio HamacherRESUMOO artigo analisa as diferentes configurações da cadeia de suprimentos da indústriaautomobilística no Brasil. O estudo da evolução dessas configurações é dividida em trêsperíodos: o primeiro foi caracterizado pela introdução desta indústria em território nacional,através da importação direta de veículos, da montagem de veículos com componentesimportados e do início da indústria de autopeças nacional. O período seguinte, compreendidoentre as décadas de 50 e 80, foi caracterizado pela substituição das importações e pelanacionalização dos fornecedores de autopeças. O atual período é marcado pelo processo deglobalização que levou à reestruturação da cadeia de suprimentos. Novas formas derelacionamento entre os membros da cadeia surgiram na década de 90, favorecendo ascondições de emergência para a introdução do conceito da Gestão da Cadeia de Suprimentos(SCM) na indústria automobilística brasileira.1– INTRODUÇÃOA década de 90 está provocando uma profunda reflexão nos paradigmas sobre odesenvolvimento dos sistemas produtivos. A lógica de produção industrial, comercialização ede relacionamento entre empresas e pessoas está sendo revista, acarretando em mudançassubstanciais da cadeia de suprimentos das indústrias. Para fazer face a essas alterações, tornase necessária e viável a implementação da Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM - SupplyChain Management).O presente artigo tem como objetivo analisar as formas de adaptação da indústriaautomobilística no Brasil em relação aos diferentes fatores internos e externos que afetaramsua cadeia de suprimentos. Esta análise engloba desde a importação de veículos no Brasil,durante o início do século, até a inserção do país na SCM global das montadoras de veículos,através do desenvolvimento e aplicação de novas técnicas de gestão e do uso de estratégiascomo global sourcing, follow sourcing e carry over. Verificar-se-á que em determinadosmomentos a industria automobilística apresentou um índice de nacionalização quase total detodos os seus produtos, enquanto que em outros momentos este índice foi apenas parcial. Paraatingir o seu objetivo, o artigo apresenta inicialmente os conceitos de cadeia de suprimentos eSCM e descreve a evolução da cadeia de suprimentos da indústria automobilística no Brasilfocalizando a sua integração com os mercados externos. Em seguida verifica-se as condiçõesde emergência da SCM nesta indústria. Na última seção são expostas as considerações finaisdos autores.2– CONSIDERAÇÕES SOBRE CADEIAS DE SUPRIMENTOS2.1– O CONCEITO DE CADEIA DE SUPRIMENTOSA cadeia de suprimentos é uma rede que engloba todas as empresas que participam das etapasde formação e comercialização de um determinado produto ou serviço que será entregue a umcliente final. Essas empresas podem ser de diferentes tipos desempenhando diferentesresponsabilidades na cadeia, desde a extração de um minério ou a manufatura de umcomponente até uma prestação de um serviço logístico ou de vendas. Dependendo do seuproduto, a companhia pode participar de diferentes cadeias, como é o caso das siderúrgicas.1

Essas indústrias são produtoras de aços planos e de aços especiais para a cadeia da indústriaautomobilística, como também de vergaduras e barras, usadas pela cadeia da indústria deconstrução civil.De acordo com Slack (1993), a cadeia de suprimentos pode ser classificada em três níveis:Rede Total, Rede Imediata de relações cliente - fornecedor e Rede Interna, conformeapresentada na Figura 1.FornecimentoRede TotalDistribuiçãoRede ImediataRede InternaCliente FinalFigura 1 – Redes de Suprimentos Interna, Imediata e TotalFonte: Slack (1993) Rede total: composta por todas as redes imediatas que compõem um determinado setorindustrial ou de serviços; Rede imediata: formada pelos fornecedores e clientes imediatos de uma empresa; Rede interna: composta pelos fluxos de informações e de materiais entre departamentos,células ou setores de operação internos à própria empresa.2.2- A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (SCM)Para Pires (1998), a gestão da cadeia de suprimentos (SCM) pode ser considerada uma visãoexpandida, atualizada e, sobretudo, holística da administração de materiais tradicional,abrangendo a gestão de toda a cadeia produtiva de uma forma estratégica e integrada epressupõe que as empresas devem definir suas estratégias competitivas e funcionais atravésde seus posicionamentos (tanto como fornecedores, quanto como clientes) dentro das cadeiasprodutivas nas quais se inserem.Segundo Cooper (1994), a SCM foi originalmente discutido em um contexto logístico degerenciamento de inventário através de toda a cadeia. A idéia era lidar com o inventário damaneira mais eficiente possível, fazendo com que os estoques dos vários membrospertencentes a cadeia não fossem redundantes entre si, diminuindo assim o custo total aolongo da cadeia. A aplicação da SCM foi ampliada para um contexto de gerenciamento globaldo sistema de suprimento, abordando funções como compras, produção, distribuição emarketing. Seu princípio básico constitui em integrar as informações entre fornecedores,indústria, distribuidores, varejo, atacadistas e consumidores finais, de forma a ordenar,racionalizar e otimizar a produção e o escoamento dos produtos.Wood e Zuffo (1998) afirmam que a SCM é uma forma de gestão desenvolvida para alinhartodas as atividades de produção de forma sincronizada, visando reduzir custos, minimizarciclos e maximizar o valor agregado pelo cliente final por meio do rompimento das barreiras2

entre departamentos e áreas. Esta gestão é derivada da premissa segundo a qual a cooperaçãoentre os membros da cadeia de suprimentos, produzindo um relacionamentos mais estável eduradouro, reduz os riscos individuais e pode melhorar a eficiência do processo logístico,eliminando perdas e esforços desnecessários. Cada membro pertencente à cadeia deve agregarvalor ao produto e os processos que não fizerem isto devem ser alterados ou eliminados.É importante notar que a SCM introduz uma interessante mudança no paradigma competitivo,na medida em que considera que a competição no mercado ocorre, de fato, no nível dascadeias produtivas e não apenas no nível das unidades de negócios (isoladas), comoestabelece o tradicional trabalho de Porter (1980). Essa mudança resulta num modelocompetitivo baseado no fundamento de que atualmente a competição se dá, realmente, entre“virtuais unidades de negócios”, ou seja, entre cadeias produtivas (Pires, 1998). Atualmente,as mais efetivas práticas na SCM visam obter uma “virtual unidade de negócio”,providenciando assim muito dos benefícios da tradicional integração vertical, sem as comunsdesvantagens em termos de custo e perda de flexibilidade inerentes à mesma. Uma virtualunidade de negócios seria então formada pelo conjunto de unidades (geralmente representadaspor empresas distintas) que compõe uma determinada cadeia produtiva.A Figura 2 apresenta de forma esquemática a SCM para a produção de um bem qualquer.Pode-se perceber que o fluxo de demanda inicia-se com o consumidor final, pois é estemembro da cadeia que define as características, quantidades e freqüências das entregas dosprodutos. A partir deste membro, estas informações são transferidas para outros membros dacadeia, conforme o sentido mostrado na figura, até que cheguem aos fornecedores de matériaprima. O fluxo de produtos terá um sentido contrário ao fluxo de demanda, com exceção parareclamações e devoluções de produtos não aceitos pelos clientes. A utilização correta da SCMminimiza essas devoluções, por esse motivo o esquema do fluxo de produtos possui apenasum sentido, o do consumidor final.Fluxo dos produtosFluxo da �oVarejoConsumidorFluxo das informaçõesFigura 2 - A cadeia de suprimentos para a produção de um bem qualquer.O último fluxo apresentado na Figura 2 é o das informações. Este fluxo possui dois sentidos,pois deve passar as informações das previsões de demanda dos clientes aos fornecedores,como também características e informações da produção para os clientes.2.3- A CADEIA DE SUPRIMENTOS DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICAA configuração da cadeia de suprimentos adotada neste artigo para a análise da indústriaautomobilística brasileira, assim como seus principais componentes e produtos, podem sersintetizados pela Figura 3. Para facilitar a análise da evolução da cadeia de suprimentos daindústria automobilística no Brasil, o fluxograma da Figura 3 é representada de formasimplificada na Figura 4. Cada membro da cadeia é representado por um bloco no fluxogramaque poderá conter um fundo claro ou escuro. O fundo branco é adotado no artigo para oscasos em que a maior parte das atividades produzidas pelo respectivo membro seja realizadano Brasil, enquanto que o fundo escuro indicará que estas etapas são elaboradas no exterior. A3

configuração da Figura 4, com todos os membros apresentados com um fundo branco, éadotada nos casos em que todas as etapas de fabricação e comercialização de veículos foremrealizadas em território nacional. Outras configurações para a cadeia com etapas realizadas noexterior serão apresentadas na próxima seção de modo a ilustrar a adequação desta indústriaaos diferentes cenários políticos, econômicos, mercadológicos e tecnológicos brasileirosexistentes em cada época.Indústria de insumos básicos Metais ferrosos (bobinas, chapas, perfis, tubos, arames de aço, etc) Metais não ferrosos (cobre, alumínio, zinco, estanho, chumbo, etc) Não metálicos (cortiça, madeira,borracha, papelão, polímeros, amianto, etc) Outros (vidros, eletroeletrônicos, tintas e resinas, produtos químicos, etc)Indústria de autopeças Motores e complementos Peças para câmbio Peças para suspensão Peças para sistema elétrico Peças para carroceria Peças de acabamento e acessóriosIndústria montadora de autoveículos Automóveis Comerciais leves Ônibus Caminhões Máquinas agrícolasRevendedores e distribuidores autorizados de veículosCLIENTE FINALFluxo de MateriaisFluxo da DemandaFluxo de InformaçãoFigura 3: A estrutura da cadeia de suprimentos da indústria automobilística com os principaisprodutos e componentes de cada membroFonte: baseado em Bedê (1996)Fornecedorde insumosbásicosFornecedorde autopeçasIndústriamontadora deautoveículosRevendedores edistribuidoresveículosCLIENTEFINALFigura 4: Fluxograma da cadeia de suprimentos da indústria automobilística4

3– A EVOLUÇÃO DA CADEIAAUTOMOBILÍSTICA NO BRASILDESUPRIMENTOSDAINDÚSTRIA3.1– PERÍODO ATÉ OS ANOS 50No início do século, a única maneira de se adquirir um veículo no país era através de suaimportação. Esta importação era normalmente elaborada por pessoas proeminentes nasociedade local, que emprestavam seu prestígio pessoal ao negócio. Elas funcionavam comorepresentantes das fábricas, recebiam os pedidos, agilizavam a documentação, ofereciamgarantias no ato da compra e atendiam a demanda no ritmo possível.Segundo a FENABRAVE (1998), estes indivíduos, denominados “agentes”, ainda nãoconstituíam propriamente uma rede de distribuição, pois atuavam independentemente uns dosoutros. Porém já se delineava nesse período uma tendência de transformação das lojas em“centros automobilísticos”, acumulando as funções de vendas de veículos, de acessórios e depeças de reposição, incluindo a prestação de serviços de assistência técnica.Até este momento, a cadeia de suprimentos da indústria automobilística que tinhaparticipação no Brasil era composta apenas pelo cliente final, conforme apresentado na Figura5. Os agentes não desempenhavam o atual papel da distribuição e os fornecedores de insumosbásicos brasileiros colaboravam de maneira muito indireta com a cadeia mencionada. Osdemais membros da cadeia elaboravam as suas atividades no exterior sendo representados porum fundo escuro em seus blocos no fluxograma da cadeia da Figura 5.Fornecedorde insumosbásicosFornecedorde autopeçasIndústriamontadora deautoveículosRevendedores edistribuidoresveículosCLIENTEFINALFigura 5: A cadeia de suprimentos com as primeiras importações brasileiras de veículos.Dadas as condições mercadológicas atraentes que o Brasil já demostrava durante as décadasde 20 e 30 e o seu limitado estágio tecnológico, que não permitia que as unidades fabristivessem uma produção autônoma, algumas empresas resolveram instalar neste país o sistemaprodutivo denominado Completely Knocked Down - CKD, o que significa completamentedesmontado.De acordo com a FENABRAVE (1998), as empresas que usavam o sistema CKD eramautênticas “montadoras” que utilizavam somente componentes importados. Elas recebiam osveículos desmontados em lotes de peças e componentes para depois montá-los. A introduçãodeste sistema produtivo no Brasil teve as seguintes conseqüências: Aumento da oferta de veículos de passeio e de pequenos caminhões; Lançamento das bases para a fabricação nacional de carros, caminhões, furgões e ônibus; Criação das condições para que, a partir dos anos trinta, a indústria de autopeças pudessese desenvolver; Formação de mão de obra qualificada, condição necessária para que os “agentes”pudessem começar a prestar serviços de assistência técnica; Estimulo para que as montadoras criassem suas próprias redes de distribuição.Ainda de acordo com a FENABRAVE (1998), a criação das concessionárias implicou em umnovo sistema de relacionamento entre o fabricante e o seu distribuidor. Este passaria a ser um“revendedor autorizado”, independente do ponto de vista jurídico, para que arcasse com seuspróprios problemas legais e financeiros, mas dependente do ponto de vista comercial e5

administrativo, seguindo normas específicas traçadas pelas indústrias. Os contratos queregiam o novo sistema chamavam-se “contratos de concessão”, ou simplesmente “adesão”.Neste novo relacionamento, o distribuidor tinha uma importância vital: além de divulgar asmarcas, permanecia atento às oscilações dos mercados regionais, à reação aos novoslançamentos e ao funcionamento da assistência técnica. A partir deste momento, a cadeia desuprimentos da indústria automobilística no Brasil passou a contar com várias industriasmontadoras de automóveis instaladas no país, assim como uma próspera rede deconcessionárias responsável pela distribuição de seus veículos. Com o desenvolvimentodessas atividades no Brasil a cadeia de suprimentos brasileira passou ter uma novaconfiguração, conforme apresentada na Figura 6.Fornecedorde insumosbásicosFornecedorde autopeçasIndústriamontadora deautoveículosRevendedores edistribuidoresveículosCLIENTEFINALFigura 6: A cadeia de suprimentos da indústria após a introdução do CKD no BrasilAs criações da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN e da Fábrica Nacional de Motores –FNM, ambas nos anos 40, podem ser considerados marcos importantes para que o paíspudesse produzir automóveis no final dos anos 50.3.2– PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE OS ANOS 50 E 80Com o final da Segunda Guerra, as importações brasileiras atingiram valores muito elevados,especialmente as referentes à indústria automobilística, que na época representava o maiorvalor da pauta. Se as importações de matérias-primas já haviam sido substituídas em parte,como por exemplo o aço, chegava a vez de substituir as importações de bens duráveis comoos automóveis.O esforço de substituição das importações iniciou-se com uma mudança no perfil dasimportações. A montagem de veículos no país passou de CKD para Semi Knocked Down –SKD. Com o SKD agregou-se a montagem do veículo vários componentes feitos porfornecedores de autopeças atuantes no Brasil, como: suporte de molas, cubos de rodas,tambores de freios, retentores, baterias, pneus e correias, entre outros.Devido as diversas medidas políticas e econômicas do governo brasileiro durante a década de50 para incentivar o programa de substituição das importações, grandes fabricantes mundiaisde automóveis começaram a estabelecer fábricas no Brasil, produzindo assim os primeirosautomóveis nacionais. As primeiras fábricas nasceram extremamente verticalizadas e com umaltíssimo índice de importação de componentes, pois na época ainda existia uma grandecarência de indústrias de autopeças instaladas no país.O constante aumento do índice de nacionalização nos veículos produzidos no país exigidopelo governo fez com que fosse criada uma crescente rede industrial de fornecedores deautopeças.Com o estabelecimento de uma produção nacional de veículos e de autopeças no país, aindústria automobilística passou a produzir localmente todas as etapas de produção da cadeiade suprimentos. Com isso a configuração da cadeia passou a ser representada pela Figura 4,onde os blocos no fluxograma de todos os participantes da cadeia possuem um fundo branco.Até o início dos anos 70, esta cadeia industrial era totalmente voltada para o mercadonacional. A preocupação em inserir a cadeia no cenário internacional ocorreu ainda no anos70 com o programa de Benefícios Fiscais a Programas Especiais de Exportação, o Befiex.Com este programa, o Brasil iniciou um grande salto na exportação de veículos e de6

componentes para o mercado internacional, abrindo a porta para a sua inserção na cadeiamundial de suprimentos. A cadeia de suprimentos brasileira voltada para a exportação deveículos passou a apresentar a configuração Figura 7, onde os revendedores de veículos e osclientes finais, cujos os blocos têm fundo escuro, estão localizados no exterior. De acordocom a ANFAVEA (1999), a exportação de veículos brasileiros passou de 25 unidades em1969 para 73.101 em 1975. Em termos monetários a mesma fonte apontou um salto nosvalores das exportações de US 4 milhões em 1969 para US 351 milhões em 1975. A Figura8 apresenta o fluxograma da cadeia de suprimentos para o caso das exportações de autopeças.Neste último caso a montagem do veículo é realizada no exterior.Fornecedorde insumosbásicosIndústriamontadora deautoveículosFornecedorde autopeçasRevendedores edistribuidoresveículosCLIENTEFINALFigura 7: A cadeia de suprimentos da indústria para os veículos exportados.Fornecedorde insumosbásicosIndústriamontadora deautoveículosFornecedorde autopeçasRevendedores edistribuidoresveículosCLIENTEFINALFigura 8: A cadeia de suprimentos da indústria para os componentes 1981197819751972196919661963196001957Produção anual em mil unidadesO volume da produção anual de veículos, conforme apresentado na Figura 9, foi crescendo atéo final da década de 70, apesar das eventuais crises no Brasil e no mundo, até atingir em 1980a marca de 1 milhão de unidades produzidas.Figura 9 – A evolução da produção de veículos no BrasilFonte: ANFAVEA (1999)A década de 80 foi um período de estagnação econômica no Brasil e nos países da Américado Sul, afetando todo o setor industrial, inclusive a indústria automobilística, que registrouuma queda de produção, da demanda local e de investimentos estrangeiros. Durante esta crise,a produção brasileira de veículos ficou oscilando em torno de apenas 900 mil unidades anuais,conforme apresentado na Figura 9. Além da crise, as matrizes das indústrias instaladas noBrasil também passaram por dificuldades devido ao avanço da indústria automobilísticajaponesa nos mercados da Europa e EUA. Com isso, todo o poder de investimento destasmatrizes foi destinado a estes mercados, deixando de fora as subsidiárias instaladas no Brasil,que foram obrigadas a adiar seus planos de modernização, relegando o mercado brasileiro aum segundo plano.Este nova realidade obrigou as empresas, principalmente as montadoras, a buscarem soluçõesque aproveitassem a capacidade ociosa de suas instalações e que se direcionassem para novos7

mercados. Tal fato levou ao abandono temporário, na década de 80, da tendência dedesverticalização existente nas montadoras, que buscava crescentes economias de escala.Com o objetivo de aproveitar a capacidade ociosa de suas instalações, as montadoraspassaram a produzir alguns componentes que

2.3- a cadeia de suprimentos da indÚstria automobilÍstica A configuração da cadeia de suprimentos adotada neste artigo para a análise da indústria automobilística brasileira, ass

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