O Jogo Do Perito: Uma Proposta Investigativa Para O Ensino .

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XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017O Jogo Do Perito: uma proposta investigativapara o ensino de ciências utilizando elementosde física forenseThe Game of the Expert: an investigative proposal forthe teaching of sciences using elements of forensicphysicsÉder Júnior de Souza1Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP - eder.souza@unifesp.brMárcio Tomotoshi Sayama Yoshimura2Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP – tomotoshi0102@gmail.comPamela Patricia3Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP - pattysp12@hotmail.comLeonardo André Testoni4Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP - leonardo.testoni@unifesp.brResumoEste trabalho tem o objetivo de discutir o uso de elementos de Perícia Criminalaplicados à Física Forense para o Ensino de Ciências, destacando a capacidade deinstigar discussões e debates, além de sua contribuição para um processo de ensino eaprendizagem baseado em um contexto próximo do cotidiano discente. A pesquisa, decaráter exploratório e qualitativo, buscou enfatizar uma situação-problema relacionada aum acidente de trânsito, onde os alunos deviam se utilizar de princípios físicos paraconseguir concluir a perícia. A pesquisa foi realizada em uma escola da rede privada deensino da cidade de São Paulo com alunos do 9º ano do ensino fundamental e os dadosobtidos através da transcrição das gravações em áudio e vídeo das aulas observadas.Como referencial de análise dos dados, utilizamos o padrão argumentativo proposto porAnton Lawson, que possibilita a identificação de evolução em processos argumentativosem debates de pequenos grupos.Palavras chave: física forense, argumentação, ensino de ciências, ensinoinvestigativo.1Mestrando em Ensino de Ciências e Matemática – UNIFESP2Mestrando em Ensino de Ciências e Matemática - UNIFESP3Graduanda em Ciências – Licenciatura - UNIFESP4Mestre e Doutor em Ensino de Física – Professor Adjunto - UNIFESPEnsino e aprendizagem de conceitos científicos1

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017AbstractThis work aims to discuss the use of Criminal Expertise elements applied toForensic Physics for Science Teaching, highlighting the ability to instigate discussionsand debates, as well as its contribution to a teaching and learning process based on acontext close to the student's daily routines. The exploratory and qualitative researchsought to emphasize a problem-situation related to a traffic accident, where studentsmust use physical principles to conclude the inquiry. The research was carried out in aprivate school in the city of São Paulo with students of the 9th grade of elementaryschool and the data were obtained through the transcription of audio and videorecordings of the observed class. As a reference for the data analysis, it was used theargumentative pattern proposed by Anton Lawson, which allows the identification ofevolution in argumentative processes in small group debates.Keywords: forensic physics, argumentation, science teaching, investigativeteaching.IntroduçãoO presente trabalho busca focar em uma atividade que favoreça a aprendizagemde física por estudantes do nível básico, objetivando contribuir para a solução de um dosgrandes problemas no ensino de física atual - o ensino centrado na memorização deconteúdos, em que estes são trabalhados em sala de aula, sem nenhumacontextualização com o cotidiano do estudante (MOREIRA, 2013). O trabalho em telabaseia-se em princípios do construtivismo, levando em consideração a importância daproblematização no processo de ensino aprendizagem (DELIZOICOV, 2005;CARVALHO, 2012).A proposta da investigação é a utilização do jogo com intuito investigativo edesafiador para estimular o raciocínio (RAMOS, 1990), associado à Física Forense, quetem como um dos objetivos analisar fenômenos físicos cuja interpretação é de interessedo poder judiciário (FERREIRA e TESTONI, 2008). Dentre as várias tarefas de umfísico forense, destacamos, nesta proposta, a análise de acidentes de trânsito a partir defragmentos de choque mecânico entre veículos, marcas de frenagem no chão e atrajetória dos veículos após a colisão.Análises da área de perícias forenses encontradas principalmente em filmes eseriados são um atraente ferramental para o ensino de ciências nas atividades escolares(SOUZA, 2006).Nesta perspectiva, estabelecemos a seguinte questão para investigação:é possível favorecer a aprendizagem de conceitos de mecânica newtoniana a partir deuma proposta de ensino investigativo calcada na perícia criminal?Para responder à questão, propomos neste trabalho que os alunos analisem emgrupo, discutam e tentem interpretar um hipotético acidente de trânsito, reconstruindo asituação problema apresentada em um croqui. Nota-se, nessa proposta, um caráterlúdico e investigativo - a ideia de “jogo”, em que o jogador é o aluno que buscará atuartal qual um perito real (BOYLE, 2012), cuja principal função - objetivo do jogo - é ainterpretação do caso (RAMOS, 1990).Ensino e aprendizagem de conceitos científicos2

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017O caráter investigativo da propostaPara Carvalho (1992), uma proposta de ensino por investigação possui trêspressupostos norteadores, a saber:1. o aluno é construtor de seu próprio conhecimento;2. o conhecimento é um contínuo;3. o conhecimento a ser ensinado deve partir do conhecimento que o aluno trazpara sala de aula, decorrente de sua vivência.De acordo com Carvalho (2011), quando ensinamos o aluno a construir seuconhecimento, favorecemos o desenvolvimento da autonomia e do pensamento crítico,formando assim pessoas capazes de se posicionarem fora do contexto escolar. Oquestionamento inicial em propostas investigativas orienta o processo em sala de aula eauxiliando os participantes em relação à organização de ideias.Propostas que levam em consideração a importância do problema gerador noprocesso investigativo e na construção do conhecimento em geral são inspiradas nofilósofo da ciência Gaston Bachelard, que vê o conhecimento como fruto da resoluçãode um problema."Para o espírito científico, todo conhecimento é resposta a umaquestão. Se não houve questão, não pode haver conhecimentocientífico. Nada ocorre por si mesmo. Nada é dado. Tudo é construído(BACHELARD, 1977, p.148)".Nessa linha, pretendemos, no âmbito de uma proposta investigativa, articular oselementos relativos às ciências forenses no processo pedagógico.A Física ForensePara Houck apud Souza (op.cit.), as ciências forenses nunca foram tãopopulares: oito séries criminais, entre elas CSI: Crime Scene Investigation, e outras domesmo gênero estão na lista dos 20 programas mais vistos em outubro de 2005,contando-se ainda com o fato da ciência forense sempre ter sido a espinha dorsal decontos de mistérios, desde as aventuras de Dupin, de Edgar Allan Poe, até as históriasde Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle. Fora do campo ficcional, não menosimportante é a retratação do dia-a-dia dos peritos na tentativa de solucionar casos reaisdivulgados pela mídia.A física aplicada às pesquisas forenses é o segmento da física que tem comoprincipal objetivo observar e analisar os fenômenos físicos naturais, cuja interpretação éde interesse do poder judiciário. É tarefa de um físico forense, dentre outras, a análise deacidentes de trânsito, determinação do tipo de veículo a que possam pertencerfragmentos como pedaços de lanternas e para-choques encontrados nos locais dacolisão, determinar a trajetória de projéteis, a distância em que foi efetuado o disparo, osorifícios de entrada e saída desses projéteis, bem como materializar as possíveisposições da vítima no momento do crime. Além disso, os mínimos detalhes, por maisque pareçam irrelevantes e grotescos, passando despercebidos para os leigos, são namaioria das vezes, o elo de ligação entre a teoria e o ocorrido, sendo de extremaimportância na solução da maior parte dos casos.Ensino e aprendizagem de conceitos científicos3

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017A Ciência Forense, por mais complexa que seja sua atuação formal, é umassunto do cotidiano discente. Logo, a utilização de elementos de física forense na salade aula torna-se quase uma consequência e seu fácil acesso torna-a mais uma potencialestratégia didática para o ensino de conceitos científicos sendo preciso, em um primeiromomento, delinear a forma de apresentação deste material ao estudante.Segundo Souza (2006), nos últimos anos, o interesse pelas ciências forenses eáreas afins tem crescido gradativamente. O desejo do público em saber como sedesenvolve uma investigação criminalística para se determinar os motivos e autores doscrimes, tem sido cada vez mais aguçado pelas várias séries televisivas que retratam ocotidiano das equipes de pesquisadores forenses.De acordo com a proposta em apreciação, a Física Forense deve ser explorada,principalmente, na vertente lúdica que ela proporciona, procurando fazer com que oaluno “brinque de ser Perito!”, com a autonomia para relacionar conceitos físicos emcasos fictícios montados pelo professor e que possibilitem evoluções em seus padrõesargumentativos.Modelo Argumentativo de Anton LawsonO raciocínio hipotético dedutivo proposto por Lawson sugere que o pensamentocientífico de pesquisadores obedece a um modelo pré-estabelecido. Locatelli (2007)organizou a proposta de Lawson do seguinte modo:A estrutura tem seu início com o termo “Se”, diretamente ligado àshipóteses (uma proposição); o termo “E” diz respeito ao acréscimo decondições de base (um teste); o termo “Então” é relativo aosresultados esperados (às consequências esperadas); o termo “E” ou“Mas” aos resultados e consequências reais e verdadeiras. O termo“Então” deve ser utilizado caso osresultados obtidos combinemcom os esperados e o termo (LOCATELLI, 2007, p.5).Figura 1 - Padrão proposto por Lawson (extraído de Scarpa, 2015)De acordo com Sasseron e Carvalho (2011), Lawson propõe esse padrão paraexplicar o desenvolvimento do pesamento científico e afirma que esse pensamento é denatureza hipotético-dedutiva, pois as ideias envolvidas nos processos mentais de taisinvestigações evoluem, seguindo um padrão de representação na aquisição doconhecimento.O padrão de argumentação identificado no raciocínio hipotético-dedutivo decientistas pode auxiliar na compreensão do modo como os alunos organizam suas ideiase constroem uma linha de pensamento para solucionar um determinado questionamento.Tais pesquisas mostram que os alunos utilizam tal padrão de argumentação quandoEnsino e aprendizagem de conceitos científicos4

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017vivenciam e descrevem as etapas do ensino investigativo, utilizando conjunções emsuas falas no momento da argumentação para responder o problema gerador.A investigação científica pode ser observada pelo padrão de argumentação deLawson, quando conseguimos conectar as conjunções se, então, portanto, queinterligam o raciocínio empregado nas fases do desenvolvimento do conhecimentocientífico. A capacidade da observação sobre o problema possibilita a gerações deperguntas e questionamentos, que por sua vez, deve levar o individuo a elaborarhipóteses iniciais que são as primeiras idéias na tentativa de responder aoquestionamento do problema inicial.Percebemos, então, a presença da argumentação em todos os momentos dainvestigação cientifica, na elaboração das hipóteses, na construção da previsão aferidapelos testes imaginados e na construção dos resultados e conclusão do problema. Emtodas as fases há necessidade de serem elaboradas articulando-se informações empíricascom o conhecimento teórico pertinente (SCARPA, 2015).A pesquisaOs sujeitos da pesquisa constituíram-se de 15 estudantes que cursavam, em 2016,o 9º ano do ensino fundamental em uma escola da rede privada do município de SãoPaulo.A pesquisa constitui-se de uma situação problema, cujo enredo é uma simulaçãode perícia em local de um hipotético acidente de trânsito. Neste contexto, os alunosficam incumbidos de realizar a perícia no local de acidente, devendo, portanto,responder às questões feitas pelo juiz responsável pelo julgamento do caso (questõesnorteadoras da investigação).Para favorecer o ambiente de investigação e maior engajamento dos alunos naatividade, foi elaborado um croqui do acidente de trânsito, que consiste basicamente emuma representação esquemática do local do hipotético acidente, onde constam asinformações necessárias para interpretação do caso, tais como descrição dos veículosenvolvidos no acidente, marcas de frenagem na via, sinalização, entre outras.Nesse croqui ainda constam as questões feitas pelo juiz responsável pelo caso aserem respondidas pelo “aluno-perito”, o objetivo das questões é favorecer e orientar oprocesso de investigação na atividade, bem como auxiliar no processo de interpretaçãoda dinâmica do acidente.Ensino e aprendizagem de conceitos científicos5

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017Figura 2 – Croqui e questões norteadoras utilizadasA metodologia de pesquisa empregada neste trabalho apresenta um caráterqualitativo (BOGDAN e BIKLEN, 1999) e exploratório, buscando os primeiros indíciosna interpretação das falas transcritas dos alunos (BARDIN, 2011), registradas através davídeo-gravação das aulas.Os resultados obtidos na atividade fazem parte de um projeto maior de inserção deCiências Forenses no Ensino, desenvolvido pelo setor de Educação em Ciências daUniversidade Federal de São Paulo.A título de esclarecimento utilizaremos, na análise dos resultados, uma numeraçãosequencial para identificar as respostas dos estudantes extraídas das gravações das aulas.Ensino e aprendizagem de conceitos científicos6

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017Análise de DadosEm concordância com Souza (2006), os alunos apresentam noções deconhecimento de Ciências Forense mediante a divulgação em seriados e filmes.Aluno 1: Na moral, acho que vou entrar para o FBI.Após a entrega do croqui e explicação da proposta, percebemos uma participaçãoinicial bastante tímida e retraída, até o momento em que a interação dos alunos com aatividade proposta começou a acontecer. Neste momento, surgem as primeirasperguntas e indagações (hipóteses formuladas).Aluno 1: O carro no asfalto derraparia mais do que na terra?Professor: O que vocês acham?Aluno 1: Eu acho que não.Aluno 5: Na terra é mais fácil derrapar do que no asfalto. Oasfalto é áspero.As atividades lúdicas e investigativas no ambiente escolar favorecem oengajamento dos alunos na atividade (jogo) (RAMOS, 1990) e estimulam a capacidadede resolução de problemas, possibilitando ainda uma identificação afetiva entre o alunoe o personagem do jogo, segundo Boyle (2012).Durante a realização da atividade, direcionada pelas perguntas, notamosparticipação e integração na tentativa de responder às primeiras questões.Aluno 4:O veículo (1) estava na contramão.Professor: Por quê?Aluno 4: Porque mostra nas marcas do freio. (aluno apontapara as marcas de frenagem do veículo 1 na faixa de contramão)Aluno 4: Ele (veículo 1) viu outro carro e tentou parar(onomatopéia – som de frenagem), só que nisso o sinal já estavavermelho eu acho.Aluna 3: Mas e se esse farol (rua Juquiá) estava verde e essevermelho (rua Londrina)?Professor: Mas por que na contramão?Aluno 4: O veículo 1 é o culpado do acidente, já decidimosaqui.Aluno 4: Ele (veículo 1) estava errado em dois sentidos, não!Três sentidos. Velocidade 40 km/h (indicação na via), deveria estar amais.Estava na contramão.E terceiro o farol estava vermelho.Aluno 4: Esse cara não sabe dirigir mesmo.Ensino e aprendizagem de conceitos científicos7

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017Procuramos, também, analisar as concepções dos alunos sobre o conceito de forçade atrito em processos de frenagem e também o princípio da inércia como conceitofísico capaz de explicar o movimento dos veículos após o acionamento dos freios.Professor: Por que o veículo 1 não parou mesmo após oacionamento dos freios?Aluno 3: Inércia, se o corpo esta em movimento, ele tende acontinuar em movimento.Professor: E se o asfalto estivesse molhado?Aluno 3: Ia mais (Marcas de frenagem maior).(.)Professor: Qual força parou o carro?Aluno 1: Ela (força de atrito) não parou, ela tentou parar.Aluno 6: Quem parou foi o outro carro.Aluno 1: Não teve força de atrito o suficiente para parar omovimento.Aluno 1: Ele foi diminuindo mais não foi suficiente para parar ocarroOs episódios apresentados anteriormente sugerem que desenvolvimento daatividade foi favorecido pela ligação afetiva dos alunos com o personagem fictício(perito) a eles relacionado (BOYLE, 2012). No quadro abaixo destacamos algumas falasdos alunos, a partir de uma análise mais minuciosa, procurando evidenciar a estruturaargumentativa proposta na visão teórica de LAWSON (cf. SASSERON e CARVALHO,2011), bem como seu processo de evolução.Fala original do alunoFala do aluno, evidenciando-se as conjunçõesEla (força de atrito) não parou, ela tentou parar.Ela (força de atrito) não parou, [mas] ela tentou parar.Ele (veículo 1) viu outro carro e tentou parar(onomatopéia – som de frenagem), mas só quenisso o sinal já estava vermelho eu acho.Ele (veículo 1) viu outro carro [e] tentou parar(onomatopéia – som de frenagem), [mas] o sinal jáestava vermelho eu acho.Ele (veículo 1) freia mas não consegue parar ebate.Ele (veículo 1) freia [mas] não consegue parar[portanto] ele bate.A terra devido ela ter fragmentos pequenos, ocarro derraparia mais.[Se] a terra possui fragmentos pequenos, [então] ocarro derraparia mais.Tabela 1 – Análise das falas dos alunos, evidenciando-se a estrutura proposta por Lawson.Considerações FinaisA partir da análise dos resultados apresentados, notamos que temáticaapresentada apresentou considerável potencial no tocante à promoção de discussões einvestigações em sala de aula, que julgamos ser um elemento favorecedor daaprendizagem, visto que, a partir da criação de um enredo para o desenvolvimento daEnsino e aprendizagem de conceitos científicos8

XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências – XI ENPECUniversidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017atividade, pode-se perceber indícios da ligação afetiva dos alunos ao personagem a elesatribuídos, em concordância com os referencias teóricos da área (BOYLE, 2012), isto éclaro, a partir de um desafio lúdico que segundo Ramos (1990), favorece o engajamentona atividade, bem como o despojamento do estresse.A análise dos resultados também demonstrou a utilização de diversas conjunçõesimplícitas nas falas dos alunos durante o processo argumentativo para responder asquestões associadas à atividade pedagógica em concordância com o modeloargumentativo de Lawson (LOCATELLI, 2007).A utilização da Física Forense aplicada com cunho investigativo mostrou-se, nascondições descritas, um bom ferramental para explorar as potencialidades dos alunos epor favorecer o engajamento dos mesmos em atividades envolvendo ciências. Talproposta pode propiciar ganhos ao processo de ensino e aprendizagem de conceitoscientíficos, tais como estimular discussões e levantamento de hipóteses acerca daatividade proposta, favorecer o trabalho em equipe e o desenvolvimento de habilidade

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – 3 a 6 de julho de 2017 Ensino e aprendizagem de conceitos científicos 1 O Jogo Do Perito: uma proposta investigativa para o ensino de ciências utilizando elementos de física fore

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