2016-2020 - Who

1y ago
10 Views
1 Downloads
5.80 MB
36 Pages
Last View : 2m ago
Last Download : 3m ago
Upload by : River Barajas
Transcription

Estratégia Globalpara Hanseníase2016–2020Aceleração rumo a ummundo sem hanseníaseEstratégia Global para Hanseníase 2016-2020A

BEstratégia Global para Hanseníase 2016-2020

Estratégia Global paraHanseníase2016-2020Aceleração rumo a um mundo sem hanseníaseEstratégia Global para Hanseníase 2016-2020i

Edição original em inglês:Global Leprosy Strategy: Accelerating towards a leprosy-free world.ISBN 978-92-9022-509-6 World Health Organization 2016Biblioteca da OMS/SEARO - Catalogação na fonteEstratégia mundial de eliminação da lepra 2016-2020: Acelerar a ação para um mundo sem lepra.1. Lepra. 2. Atendimento em saúde. 3. Estatísticas(Classificação NLM: WC 335)ISBN 978-92-9022-520-1 Organização Mundial da Saúde 2016Todos os direitos reservados.A edição em espanhol foi realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde. As publicações da Organização Mundialda Saúde estão disponíveis no website da OMS (www.who.int) ou podem ser adquiridas na livraria da SEARO, OrganizaçãoMundial da Saúde, Escritório Regional para o Sudeste Asiático, Indraprastha Estate, Mahatma Gandhi Marg, Nova Deli110 002, Índia (fax: 91 11 23370197; correio eletrônico: searolibrary@who.int).As designações empregadas e a maneira como se apresentam os dados nesta publicação não implicam, por parte daOrganização Mundial da Saúde, juízo algum referente à condição jurídica de um país, território, cidade ou área, ou desuas autoridades, ou à delimitação de suas fronteiras ou limites. As linhas descontínuas nos mapas representam de maneiraaproximada fronteiras que talvez não desfrutem de pleno acordo.A menção de determinadas sociedades empresariais ou de nomes comerciais de certos produtos não implica que aOrganização Mundial da Saúde os aprove ou os recomende em detrimento de outros análogos. Salvo erro ou omissão,as denominações de produtos patenteados levam letra inicial maiúscula.Todas as precauções razoáveis foram tomadas pela Organização Mundial da Saúde para confirmar as informações contidasna presente publicação. No entanto, o material publicado é distribuído sem garantia de nenhum tipo, sejam elas explícitasou implícitas. A responsabilidade pela interpretação e uso do material cabe ao leitor. Em nenhuma hipótese a OrganizaçãoMundial da Saúde será responsabilizada por danos resultantes de sua utilização.Esta publicação não representa necessariamente o critério nem as políticas da Organização Mundial da Saúde.As fotos são cortesia da Missão Contra a Lepra, Inglaterra e País de Gales; Instituto Lauro de Souza Lima, centro colaboradorda OMS; Bauru-SP, no Brasil; Fundação Damien, Bélgica; e Ed Hanley, fotógrafo e cinegrafista, Toronto, Canadá.iiEstratégia Global para Hanseníase 2016-2020

ÍndiceColaboradores.vAbreviaturas.viPrefácio. viiResumo executivo. viii1.2.3.4.5.6.Introdução. 11.1Avanços. 21.2Situação atual da hanseníase. 31.3Desafios. 5Visão, objetivo e metas. 72.1Visão. 72.2Objetivo. 72.3Metas principais. 72.4Outros indicadores de desempenho do programa. 7Principios orientadores. 93.1Responsabilidade dos governos nacionais e fortalecimento de parcerias. 93.2Manutenção de conhecimentos especializados em hanseníase. 93.3Serviços de hanseníase de qualidade com ênfase nas crianças e nas mulheres. 93.4Participação de pessoas afetadas por hanseníase nos serviços de hanseníase. 103.5Proteção dos direitos humanos. 103.6Ênfase em pesquisas para apoiar o controle da hanseníase. 10Pilares estratégicos. 114.1Fortalecer o controle, a coordenação e a parceria do governo. 114.2Combater a hanseníase e suas complicações. 114.3Combater a discriminação e promover a inclusão. 13Planos de execução. 155.1Execução regional e nacional. 155.2Monitoramento de metas e indicadores globais e nacionais. 155.3Promoção da Estratégia Global para Hanseníase. 155.4Órgãos técnicos assessores do Programa Global de Hanseníase da OMS. 16Referências. 17Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020iii

ColaboradoresProgramas nacionais de combate à hanseníase: Dr. SafirUddin Ahmed, Bangladesh; Dra. Rezia Begum, Bangladesh;Dra. Rosa Soares, Brasil; Dra. Larissa Scholte, Brasil; Dra.Eliane Ignotti, Brasil; Dr. Lay Sambath, Camboja; Dra. YuMei Wen, China; Dr. Nestor Nietro, Colômbia; Dr. RigobertAbbet Abbet, Costa do Marfim; Dra. Raisa Castillo, Cuba; Dr.Jean Mputu Luengo, República Democrática do Congo; Dr.Sameeh Haridi, Egito; Dr. Lelise Assebe, Etiópia; Dr. C.M.Agrawal, Índia; Dr. Anil Kumar, Índia; Dr. K.S. Bhagotia,Índia; Dra. Rita Djupuri, Indonésia; Sra. Erei Rimon, Kiribati;Dr. Savanh Saypraseuth, República Democrática Populardo Laos; Dr. Andriamira Randrianantoandro, Madagascar;Sra. Fathimath Rasheeda, Maldivas; Sra. Caroline Jibas,Ilhas Marshall; Dr. Edgar Martinez, México; Sra. StephanieKapiriel, Estados Federados da Micronésia; Dra. Olga Amiel,Moçambique; Dr. Francisco Guilengue, Moçambique; Dr.Than Lwin Tun, Mianmar; Dr. Oke Soe, Mianmar; Dr. BasuDev Pandey, Nepal; Dr. Moussa Gado, Níger; Dr. Urhioke.Ochuko, Nigéria; Sr. Adebayo Peters, Nigéria; Dr. JulioCorrea, Paraguai; Dr. Arturo Cunanan Jr, Filipinas; Sra. GiaManlapig, Filipinas; Sr. Oliver Merpeta, Ilhas Salomão; Dra.M.L.S. Nilanthie Fernando, Sri Lanka; Dr. Mohamed SalahAltahir Alsamani, Sudão; Dra. Beatrice Mutayoba, RepúblicaUnida da Tanzânia; Dr. Deusdedi V. Kamala, RepúblicaUnida da Tanzânia;Especialistas: Dr. G. Rajan Babu, Federação Internacionalde Associações de Combate à Hanseníase (ILEP); ProfessoraEmmanuelle Cambau, Centro Nacional de Referênciapara Micobactérias, Paris, França; Dr. Hugh Cross, MissõesAmericanas contra a Hanseníase; Professor Paul Fine, Escolade Higiene e Medicina Tropical de Londres; Professor ZhangGuocheng; Dr. U.D. Gupta, Instituto Central JALMA parahanseníase e outras doenças micobacterianas; Dr. M.D.Gupte; Dr. Roch Johnson, Fundação Raoul Follereau;Dr. Herman-Joseph S. Kawuma, Associação Alemãde Assistência aos Hansenianos e Tuberculosos; Dr. P.Krishnamurthy; Dr. Mallika Lavania, Hospital Comunitárioda Missão contra a Hanseníase, Délhi; Professora DianaLockwood, Escola de Higiene e Medicina Tropical deLondres; Dr. Masanori Matsuoka; Professor R.K. Mutatkar,Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde, Índia;Dr. S.K. Noordeen; Professora Maria Leide W. Oliveira;Dr. Vijay Kumar Pannikar; Dr. Paul Saunderson, MissõesAmericanas contra a Hanseníase; Professor W.C. Smith,Escola de Medicina e Odontologia de Aberdeen; Sr. Jan vanBerkel, Netherlands Leprosy Relief; Dr. Wim van Brakel,Netherlands Leprosy Relief; Dr. P. Vijayakumaran; Dr.Marcos Virmond, Associação Internacional de Hanseníase;Dr. Geoff Warne, Missão Internacional contra a Hanseníase;Organizações parceiras: Dra. Ann Aerts, FundaçãoNovartis; Dr. M.A. Arif, ILEP Índia; Dr. Sunil Anand,Fundo da Missão contra a Hanseníase – Índia; Dra. EdithBahmanyar, Fundação Novartis; Sr. Mezemir KetemaBeyene, ALERT, Etiópia; Dr. David Blaney, Centros paraControle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos; IrmãConsilia, Associação Católica de Saúde da Índia; Sr. John K.George, Fairmed, Índia; Sra. Maria Globan, Laboratório deReferência de Doenças Infecciosas de Victoria, Melbourne,Austrália; Dr. P.K. Gopal, IDEA Internacional; Sr. Venu Gopal,Associação de Pessoas Afetadas pela Hanseníase, Índia;Sr. Tadesse Tesfaye Haile, ENAPAL Etiópia; Dr. S.K. Jain,Centro Nacional de Controle de Doenças, Índia; Sra. P.K.Jayashree; Sra. Katharina Jones, ILEP; Dr. Sanjay Mahendale,Instituto Nacional de Epidemiologia, Índia; Dr. TakahiroNanri, Fundação Nippon; Sr. V. Narsapa, APAL Índia; Dr.Anthony Samy, ALERT-Índia; Dr. Sanjay Sarin, Fundação paraNovos Diagnósticos Inovadores, Índia; Dr. Vineeta Shankar,Fundação Sasakawa de la Hanseniase de Índia; Sra. HiroeSoyagimi, Organização Memorial de Saúde Sasakawa; Dr.J. Subbanna, Lepra Health In Action; Sr. Tatsuya Tanami,Fundação Nippon; Sra. Yuko Tani, Fundação Nippon;Sra. Jillian M. Tomlinson, Fundação do Pacífico contra aHanseníase; Dr. Bart Vander Plaetse, Fundação Novartis;Sra. K. Yamaguchi, Fundação Memorial de Saúde Sasakawa;OMS: Dr. Md. Reza Aloudal, Representação da OMS noAfeganistão; Dr. Lin Aung, Escritório Regional para o SudesteAsiático (SEARO); Dr. Awe Ayodele, Representação da OMSna Nigéria; Dr. Abate Mulugeta Beshah, Representaçãoda OMS na Etiópia; Dr. Sumana Barua, Programa Globalde Hanseníase; Dr. Erwin Cooreman, Programa Global deHanseníase; Dr. Rui Paulo de Jesus, Escritório Regional parao Sudeste Asiático (SEARO); Dr. Dirk Engels, sede da OMS;Dr. Albis F. Gabrielli, Escritório Regional para o MediterrâneoOriental (EMRO); Dra. Laura Gillini, Programa Global deHanseníase; Dr. Andrianarisoa S. Hermas, Representação daOMS em Madagascar; Dr. Saurabh Jain, Representação daOMS na Índia; Dr. Ahmed J. Mohamed, Escritório Regionalpara o Sudeste Asiático (SEARO); Dr. Stephen Lyons, sede daOMS; Dr. Ruben S. Nicholls, Organização Pan-Americana daSaúde/Escritório Regional para as Américas (OPAS/AMRO);Dr. Nobuyuki Nishikiori, Escritório Regional para o PacíficoOcidental (WPRO); Dr. V.R.R. Pemmaraju, Programa Globalde Hanseníase; Dr. Alexandre Tiendrebeogo, EscritórioRegional para a África (AFRO).Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020v

AbreviaturasDTN Doença tropical negligenciadaONG Organização não governamentalGTA Grupo Técnico AssessorOMS Organização Mundial da SaúdeIG2 Incapacidade de grau 2PB PaucibacilarILEP Federação internacional de Associaçõesde Combate à HanseníasePGH Programa Global de HanseníasePQT PoliquimioterapiaMB MultibacilarOBC Organização de base comunitáriaviEstratégia Global para Hanseníase 2016-2020

PrefácioDesde a introdução dapoliquimioterapia (PQT)há cerca de três décadas,a carga de hanseníaseno mundo diminuiuconsideravelmente.Leprosários fecharamas portas e a hanseníasepassou a ser consideradauma doença que poderiaser tratada em hospitais e noâmbito da atenção primáriaà saúde. A eliminação dahanseníase como problema de saúde pública foialcançada em 2000 em escala mundial e até 2005na maioria dos países. O alcance da eliminaçãosubnacional em jurisdições com uma populaçãoconsiderável continua a ser um marco importante.A declaração de que o controle da hanseníase éuma das sete áreas emblemáticas para a Região da ÁsiaSul-Oriental e a hospedagem do Programa Global deHanseníase no Gabinete Regional da OMS para ÁsiaSul-Oriental proporcionam oportunidades estratégicasde priorizar o trabalho de controle da hanseníase ondeele é mais necessário para obter impacto global.A atual estratégia global de combate à hanseníasese baseia em estratégias quinquenais anteriores.A estratégia de esforço final para a eliminação dahanseníase (2000-2005) se concentrou na PQT e nadetecção passiva de casos. A estratégia global paraaliviar a carga da hanseníase e manter as atividadesde controle da hanseníase (2006-2010) consolidouos princípios de detecção oportuna e quimioterapiaefetiva no contexto de serviços integrados de combateà hanseníase. A estratégia global aprimorada pararedução adicional da carga da hanseníase (2011-2015)aperfeiçoou ações conjuntas e aprimorou esforçosglobais para abordar os desafios enfrentados no controleda hanseníase com uma ênfase na detecção precocepara reduzir incapacidades decorrentes da hanseníase.Ainda assim, a estratégia atual é inovadora, poispropicia, além de um componente médico sólido,maior visibilidade e peso aos aspectos humanos esociais que afetam o controle da hanseníase. A reduçãode estigmas e a promoção da inclusividade reforçarãoo diagnóstico melhor e antecipado. Entre as condutasinovadoras estão a ênfase em crianças, mulheres eoutras populações vulneráveis, o fortalecimento dossistemas de referência, a detecção sistemática decontatos domésticos, o monitoramento da resistênciaaos medicamentos, o esforço para simplificar a condutaterapêutica e a avaliação do papel da profilaxia pósexposição. Está integrada a agendas mais amplasde saúde e desenvolvimento, inclusive a coberturauniversal de saúde e os objetivos de desenvolvimentosustentável.Esta estratégia foi desenvolvida ao longo de umano e meio por um processo iterativo de consultacom a participação de todos os interessados diretos:programas nacionais de combate à hanseníase, órgãostécnicos, organizações não governamentais, parceirosde desenvolvimento, representantes de pacientes ecomunidades afetados pela hanseníase. Desse modo,a estratégia é concebida como um guarda-chuva sobo qual os diferentes parceiros podem desenvolveras estratégias e os planos de ação com base em suavantagem comparativa.O título “Aceleração rumo a um mundo semhanseníase” incorpora a necessidade de ampliar oimpulso criado no controle da hanseníase em âmbitoglobal e local para que as futuras gerações possamalcançar o objetivo final de um mundo sem hanseníase.Dr Poonam Khetrapal SinghDiretor RegionalEstratégia Global para Hanseníase 2016-2020vii

Resumo executivoAs três últimas décadas testemunharam alguns avançosnotáveis no controle da hanseníase. A eliminaçãodessa doença como problema de saúde pública (ouseja, prevalência registrada abaixo de 1 por 10.000habitantes) foi alcançada em todos os países.1 Aagenda de eliminação da hanseníase no âmbitosubnacional ainda está inconclusa em muitos paísese, portanto, continuará a ser aplicada nos próximosanos. Restam outros desafios: a continuação do atrasona detecção de novos pacientes, a persistência dadiscriminação de pessoas afetadas pela hanseníasee o impacto limitado na transmissão da hanseníase.Cada pilar abrange amplas áreas essenciaisde intervenção, cinco das quais são as principaismodificações operacionais estratégicas:(1)Ênfase na detecção precoce de casosantes do surgimento de incapacidadesvisíveis. Haverá uma ênfase especial nascrianças como maneira de diminuir asincapacidades e reduzir a transmissão. Ameta é a ausência de incapacidade entreos novos pacientes pediátricos 2 até 2020.(2)Meta de detecção em grupos de maiorrisco, mediante campanhas nas áreas oucomunidades de alta endemicidade, emelhoria da cobertura e do acesso parapopulações marginalizadas. O resultadoserá a detecção mais cedo e a reduçãode pacientes com incapacidade de grau 2(IG2) por ocasião do diagnóstico. A metada taxa de IG2 é de menos de um pormilhão de habitantes.A garantia da prestação de contas seráalcançada pelo reforço do monitoramento e daavaliação em todos os países endêmicos com afinalidade de medir objetivamente o progresso rumoàs metas.(3)Desenvolvimento de planos nacionaispara garantir o exame de todos oscontatos próximos, sobretudo os contatosintradomiciliares. A meta é o exame detodos os contatos intradomiciliares.A promoção da inclusividade pode ser apoiadapor criação e fortalecimento de parcerias comtodos os interessados diretos, inclusive pessoas oucomunidades afetadas pela doença.(4)Promoção das etapas rumo ao uso de umesquema terapêutico uniforme e maiscurto para todos os tipos de hanseníase,com base em uma análise minuciosadas evidências disponíveis sobre PQTuniforme, e elaboração de um plano deação global para seu lançamento.(5)Incorporação de intervenções específicascontra o estigma e a discriminaçãodas pessoas com hanseníase medianteestabelecimento de colaboração efetiva ede redes para abordar questões técnicas,operacionais e sociais pertinentes quebeneficiarão as pessoas afetadas pelahanseníase. O propósito é alcançar umaredução significativa (mensurável) doestigma e da discriminação de pessoasafetadas pela hanseníase até 2020 pormeio de ações para reduzir o estigma ea discriminação e promover a inclusãosocial.A Estratégia Global para Hanseníase 20162020 visa acelerar a ação rumo a um mundo semhanseníase. É baseada nos princípios de início daação, garantia da prestação de contas e promoçãoda inclusividade.O início da ação implica o desenvolvimento deplanos de ação específicos para o país.A estratégia global se enquadra no propósitoda OMS de oferecer cobertura universal de saúdecom ênfase em crianças, mulheres e populaçõesvulneráveis. Além disso, ela contribuirá para alcançaro Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 —saúdee bem-estar para todos até 2030.O objetivo é reduzir ainda mais a carga dehanseníase no âmbito global e local. A estratégia estáassentada em três pilares:12viii(1)Fortalecer o controle, a coordenação e aparceria do governo(2)Combater a hanseníase e suas complicações(3)Combater a discriminação e promovera inclusão.Em vista da oscilação das taxas em populações pequenas, essa meta não foi aplicável a países ou jurisdições com populaçãoabaixo de um milhão de pessoas.Os casos pediátricos incluem crianças com menos de 15 anos de idade.Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020

Se Os programas nacionais de combate àhanseníase em países endêmicos são incentivadosa adaptar os conceitos e princípios propostos naEstratégia Global para Hanseníase 2016–2020 paradesenvolver planos de ação específicos para o país.Os países que notificam poucos casos, ou nenhum,ainda precisarão adaptar a estratégia a seu contexto,com ênfase especial na vigilância e na manutençãode um sistema de referência no âmbito nacional oupela interligação com centros regionais.A Estratégia Global para Hanseníase 20162020 está alinhada com o Guia para as DoençasTropicais Negligenciadas (Roadmap for NeglectedTropical Diseases), cuja meta para a hanseníase écompatível com a meta de IG2 desta estratégia. Opropósito é promover maior integração no âmbitonacional entre serviços de hanseníase e outrosserviços nos níveis primários e de referência a fimde combater outras doenças infecciosas e tambémas incapacidades.Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020ix

2016-2020ESTRATÉGIA GLOBAL PARA HANSENÍASEVISÃOMETASMUNNSUMENÍASEOBJETIVODOSAEM H Zero doença Zero transmissão dehanseníase Zero incapacidadedecorrente de hanseníase Zero estigma ediscriminaçãoIndicadoresReduzir ainda mais acarga global e local dehanseníaseMeta2020Número de crianças com diagnóstico dehanseníase e deformidades visíveis0Taxa de novos casos de hanseníase comdeformidades visíveis 1millónNúmero de países com leis que permitam adiscriminação por hanseníase0PILARES E COMPONENTES1. Fortalecer o controle, a coordenação e a parceria do governo Assegurar compromisso político e recursos suficientes para os programas de combate à hanseníase.Contribuir para a cobertura universal de saúde com uma ênfase especial em crianças, mulheres e populações subatendidas,inclusive migrantes e pessoas deslocadas.Promover parcerias com atores estatais e não estatais e promover colaboração e parcerias intersetoriais no âmbito internacional enacional.Facilitar e realizar pesquisas básicas e operacionais sobre todos os aspectos da hanseníase e maximizar a base de evidências paraorientar políticas, estratégias e atividades.Fortalecer sistemas de vigilância e informação em saúde para monitoramento e avaliação do programa (inclusive sistemas deinformações geográficas)2. Combater a hanseníase e suas complicações xReforçar a conscientização dos pacientes e dacomunidade sobre a hanseníase.Promover a detecção precoce de casos mediante buscaativa (por exemplo, campanhas) em áreas de maiorendemicidade e manejo dos contatos.Assegurar o início imediato e a adesão ao tratamento,o que inclui o trabalho para melhorar os esquemas detratamento.Melhorar a prevenção e o manejo das incapacidades.Reforçar a vigilância da resistência a antimicrobianos,incluindo a rede de laboratórios.Promover condutas inovadoras para capacitação,referência e manutenção do conhecimentoespecializado na hanseníase, como a e-Saúde.Promover intervenções para a prevenção da infecção eda doença.Estratégia Global para Hanseníase 2016-20203. Combater a discriminação e promover a inclusão Promover a inclusão social mediante abordagem de todas asformas de discriminação e estigma.Empoderar pessoas afetadas por hanseníase e fortalecersua capacidade de participar ativamente nos serviços dehanseníase.Incluir as comunidades em ações para a melhoria dosserviços de hanseníase.Promover a formação de coalizões entre as pessoas afetadaspela hanseníase e incentivar a integração dessas coalizões oude seus membros com outras organizações comunitárias.Promover o acesso a serviços de apoio social e financeiro,como facilitar a geração de renda, para pessoas afetadas porhanseníase e suas famílias.Apoiar a reabilitação na comunidade para pessoas comincapacidade relacionada à hanseníase.Trabalhar para abolir leis discriminatórias e promoverpolíticas que facilitem a inclusão de pessoas afetadas pelahanseníase.

2016-2020ESTRATÉGIAGLOBAL PARAHANSENÍASEAceleração rumo a ummundo sem hanseníaseFortalecer o controle,a coordenação e a parceriado governoseoann ías e at é 2020rir a c amundduzCombater adiscriminação epromover a inclusãoUmRegsenía sVISÃOMETAsem hadne haCombater a hanseníase esuas complicaçõesEstratégia Global para Hanseníase 2016-2020xi

xiiEstratégia Global para Hanseníase 2016-2020

IntroduçãoO propósito da Estratégia Global para Hanseníase2016-2020 é a detecção precoce da hanseníase eo tratamento imediato para evitar a incapacidade ereduzir a transmissão da infecção na comunidade. Aproporção dos casos com IG2 entre os novos casosde hanseníase e a taxa de IG2 em uma populaçãoindicam a eficiência da detecção precoce dahanseníase. Eles também são indicadores indiretosdos níveis de conscientização sobre os sinais iniciaisde hanseníase, do acesso a serviços de hanseníasee das habilidades da equipe de atenção à saúde nodiagnóstico da hanseníase. A estratégia é elaboradapara alcançar o objetivo a longo prazo de um “mundosem hanseníase”, correspondente a uma situaçãoem que a comunidade esteja livre de morbidade,incapacidades e problemas sociais decorrentes dahanseníase.Considerando essa justificativa de melhorara detecção precoce da hanseníase para reduzir atransmissão da infecção e conter o número de novocasos de IG2, o propósito da Estratégia Global paraHanseníase 2016-2020 é alcançar o seguinte resultadoaté 2020: nenhum caso de incapacidade entre ascrianças recém-diagnosticadas. Isso será alcançadopelo trabalho para a introdução de um tipo detratamento de menor duração para todas as categoriasde hanseníase, o planejamento de atividades dedetecção de casos em áreas de alta endemicidade ea ênfase no exame dos contatos.A meta de eliminar a incapacidade em novoscasos entre as crianças foi introduzida porque combinauma meta relacionada com as crianças com a metade detecção precoce e redução da incapacidade.A meta enfatiza a inaceitabilidade da incapacidadedecorrente de hanseníase em crianças e estimularáo apoio da comunidade ao programa. Cada novo1paciente pediátrico com IG2 deve desencadear umainvestigação sobre as razões do atraso na detecção eno diagnóstico, além do desenvolvimento de novascondutas para evitar a recorrência. Os dados de basesobre IG2 em crianças são de 2015.A Cúpula Internacional de Hanseníase em2013, realizada em Bangkok, Tailândia, reafirmou ocompromisso político em relação à hanseníase. Oshonoráveis ministros da saúde ou seus representantesdos países com alta endemicidade de hanseníaseassinaram a “Declaração de Bangkok”. Esta exigia areafirmação do compromisso político, o aumento dasdotações financeiras e a inclusão de pessoas afetadaspela hanseníase. A Sasakawa Memorial HealthFoundation se comprometeu a alocar mais fundospara as atividades de combate à hanseníase a fim deapoiar os países para que honrem esse compromisso.Com frequência, as pessoas afetadas pelahanseníase são vítimas de estigma e discriminação.Isso tem impacto negativo no acesso ao diagnóstico,nos resultados do tratamento ou na atenção, alémde afetar o funcionamento social. O estigma é umacausa importante de atraso do diagnóstico, o quefacilita a transmissão da infecção nas famílias e nascomunidades. Portanto, foi introduzido um indicadorpara monitorar a discriminação das pessoas afetadaspela doença. Outros indicadores relacionados comos aspectos sociais da hanseníase também foramincluídos para a avaliação do programa.A Estratégia Global para Hanseníase 20162020 será discutida em fóruns apropriados em todoo mundo para assegurar o maior compromisso dereduzir ainda mais a carga da doença e evitar aincapacidade permanente nas crianças afetadas pelahanseníase.Estratégia Global para Hanseníase 2016-20201

11.1 AvançosAs três últimas décadas testemunharam notáveisavanços e progressos no controle da hanseníasedevido à disponibilidade ampla e gratuita de sólidaquimioterapia na forma de poliquimioterapia (PQT),boas estratégias, forte colaboração com importantesparceiros e compromisso político de países onde ahanseníase é endêmica.No ano 2000, foi alcançada a eliminação dahanseníase como problema de saúde pública global,definida pragmaticamente como uma prevalênciaregistrada de menos de um caso de hanseníase por10.000 habitantes.Mais de 16 milhões de pacientes foramdiagnosticados e tratados desde a introdução da PQTdurante as três últimas décadas.O propósito da estratégia “Esforço final paraeliminar a hanseníase como problema de saúdepública (2000-2005)” foi eliminar a hanseníase comoproblema de saúde pública no âmbito nacional.Conseguiu atrair o interesse de formuladores depolíticas e do público em geral mediante promoçãoda causa, publicidade e campanhas. Todos os paísescom população de um milhão de habitantes ou maisconseguiram eliminar a hanseníase como problemade saúde pública no âmbito nacional.Duas estratégias consecutivas — a “Estratégiaglobal para aliviar a carga da hanseníase e manter asatividades de controle da hanseníase” (período doplano: 2006-2010) e a “Estratégia global aprimoradapara redução adicional da carga da hanseníase”(período do plano: 2011-2015) — mantiveram aênfase na redução da carga da doença com destaquepara a sustentabilidade pela integração. Elas vêmsubstituindo as metas de “eliminação” em termosde prevalência da doença por metas que enfatizama diminuição do número de novos casos com IG2para promover a detecção precoce e a redução datransmissão.2Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020

11.2 Situação atual da hanseníaseA “Atualização global sobre hanseníase, 2014: necessidade de detecção precoce de casos” (Global leprosyupdate, 2014: need for early case detection), publicada em setembro de 2015, teve como base as estatísticasanuais de hanseníase recebidas de 121 países de cinco3 regiões da OMS. A compilação e a análise de dadosmostraram:213.899dos pacientes com hanseníase notificados em 2014eram habitantes de 13 países: Bangladesh, Brasil,República Democrática do Congo, Etiópia, Índia,Indonésia, Madagascar, Mianmar, Nepal, Nigéria,Filipinas, Sri Lanka e República Unida da Tanzânia.175.55414.110pacientes estavam em tratamento no final de 2014,o que correspondente a uma prevalência pontualde 0,25 por 10.000 habitantes.394%pacientes recém-diagnosticados foram notificadosem 2014, o que corresponde a uma taxa dedetecção de 3,0/100.000 habitantes.novos casos com IG2 foram detectados, o quecorresponde a 6,6% do número total de pacientesrecém-diagnosticados e a uma taxa de 2,0 casos pormilhão.As notificações foram compiladas de países nas seguintes Regiões da OMS: África, Américas, Mediterrâneo Oriental, Ásia SulOriental e Pacífico Ocidental.Estratégia Global para Hanseníase 2016-20203

118.86961%novos pacientes detectados e notificados em 2014eram cri

OMS; Dr. Ruben S. Nicholls, Organização Pan-Americana da Saúde/Escritório Regional para as Américas (OPAS/AMRO); Dr. Nobuyuki Nishikiori, Escritório Regional para o Pacífico Ocidental (WPRO); Dr. V.R.R. Pemmaraju, Programa Global de Hanseníase; Dr. Alexandre Tiendrebeogo, Escritório Regional para a África (AFRO).

Related Documents:

EU Tracker Questions (GB) Total Well Total Badly DK NET Start of Fieldwork End of Fieldwork 2020 15/12/2020 16/12/2020 40 51 9-11 08/12/2020 09/12/2020 41 47 12-6 02/12/2020 03/12/2020 27 57 15-30 26/11/2020 27/11/2020 28 59 13-31 17/11/2020 18/11/2020 28 60 12-32 11/11/2020 12/11/2020 28 59 12-31 4/11/2020 05/11/2020 30 56 13-26 28/10/2020 29/10/2020 29 60 11-31

Cadillac Escalade, Escalade ESV 2020 2020 Cadillac XT4 2020 2020 Cadillac XT5 2020 2020 Chevrolet Blazer 2019 2020 Chevrolet Express 2018 2021 Chevrolet Silverado 1500 2018 2020 Chevrolet Suburban 2020 2020 Chevrolet Tahoe 2020 2020 Chevrolet Traverse 2020 2020 GMC Acadia 2019 2020 GMC Savana 2018 2021

DIR-330 A1 Device 6-18-2016 DIR-130 A1 Device 6-18-2016. DFE-690TXD A4 Device 6-8-2016 DFE-538TX F2 Device 6-8-2016 DFE-528TX E2 Device 6-8-2016 DXS-3250E A1 Device 5-31-2016 DXS-3250 A1 Device 5-31-2016 DXS-3227P A1 Device 5-31-2016 DXS-3227 A1 Device 5-31-2016 DEM-411T A1 Device 5-31-2016

MW122431 Puerto Rico 11/3/2016 MW122432 Puerto Rico 6/28/2016 MW122433 Puerto Rico 7/27/2016 MW122434 Puerto Rico 7/19/2016 MW122435 Puerto Rico 8/17/2016 MW122436 Puerto Rico 10/9/2016 MW122437 Puerto Rico 10/20/2016 MW122438 Puerto Rico 11/21/2016 MW122439 Puerto Rico 11/29/2016 MW122440 Puerto Rico 8/3/2016

Merchants Fleet Management (Merchants Hooksett, NH 02/06/2020 Viewed 02/26/2020 Automotive Group, Inc.) Mercury Paint Corporation BROOKLYN, NY 02/06/2020 MobilityTRANS Canton, MI Submitted 03/16/2020 03/16/2020 . SILSBEE FORD INC. SILSBEE, TX 02/06/2020 Submitted 03/17/2020 03/17/2020 SILSBEE TOYOTA SILSBEE, TX Submitted 03/17/2020 03/17/2020 .

Weekformule start voorjaar 2020 : Locatie: “Domein Koningsteen” in Kapelle-op-de-Bos (Brabant) Start : 17 maart 2020 Trainer: Ann Sterckx Data: Maart : 17 en 18 maart 2020 April: 23 en 24 april 2020 Mei: 12 en 13 mei 2020 Juni: 10 en 11 juni 2020 September: 16 en 17 september 2020 Oktober: 20 en 21 oktober 2020

Mar 20, 2020 · 2020-02-24 61 48 2 6 5 - 2020-02-25 95 77 4 8 5 1 2020-02-26 139 98 9 18 11 3 2020-02-27 245 156 17 50 17 5 2020-02-28 388 254 27 82 20 5 2020-02-29 593 379 47 113 43 11 2020-03-01 978 624 70 141 110 33 2020-03-02 1501 nr nr nr nr nr 2020-03-03 2336 nr nr nr nr nr

Week 2 of fall semester Sep 14 2020 Sep 15 2020 Sep 16 2020 Sep 17 2020 Last day of online class add for fall classes Sep 18 2020 Sep 19 2020 Sep 20 2020 Week 3 of fall semester Sep 21 2020 Sep 22 2020 Last day to elect pass/fail for fall