INFLUÊNCIA DO TEOR DE QUARTZO NA EXPANSÃO POR

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOSROSINALDO DO RIO MEDEIROSINFLUÊNCIA DO TEOR DE QUARTZO NA EXPANSÃO PORUMIDADE E NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DEMASSAS CERÂMICAS PARA USO EM BLOCOS FURADOSCAMPINA GRANDE - PBDEZEMBRO/2009

ROSINALDO DO RIO MEDEIROSINFLUÊNCIA DO TEOR DE QUARTZO NA EXPANSÃO PORUMIDADE E NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DEMASSAS CERÂMICAS PARA USO EM BLOCOS FURADOSTese apresentada ao Programa de PósGraduação em Engenharia de Processos daUniversidade Federal de Campina Grande(UFCG), em cumprimento às exigências paraobtenção do grau de Doutor em Engenharia deProcessos.Área de concentração: Desenvolvimento deProcessosOrientadores: Prof. Dr. Heber Carlos FerreiraProf. Dr. Gelmires de Araújo NevesCAMPINA GRANDE - PBDEZEMBRO/2009

DEDICATÓRIAÀs pessoas mais importantes da minha vida: meuspais, José Medeiros de Lima e Iolanda Labréa doRio, pela lição de vida, incentivo e dignidade sempreexaltada e espelhada em toda minha caminhada;minha esposa, Rosângela Oliveira, pelo amor,carinho, apoio, compreensão e ombro amigo semprepresente tanto nas horas de alegria como nosmomentos difíceis.

AGRADECIMENTOSÀ Deus, pela vida e por guiar meus passos a cada dia.Ao meu orientador Prof. Dr. Heber Carlos Ferreira, pela orientação, sugestãodo tema de tese, pelos valiosos comentários sobre este trabalho e pela largaexperiência, colocada à minha disposição.Ao Prof. Dr. Gelmires de Araújo Neves pela orientação, dedicação,ensinamentos transmitidos e pela confiança depositada durante a realização destetrabalho.Aos membros da banca examinadora, pela generosidade ao disponibilizartempo para a apreciação deste trabalho.Ao Prof. Dr. Carlos José Araújo da Unidade Acadêmica de EngenhariaMecânica da UFCG que gentilmente cedeu a máquina para a realização dos ensaiosde flexão.Aos alunos que me auxiliaram na construção deste trabalho, especialmenteDércio e Anderson.Ao apoio dos funcionários Sr. Fernandes e André, que de alguma formacolaboraram nos ensaios de laboratório.Às minhas irmãs Rosemar e Rosilene, que mesmo distantes me ajudaram aconseguir a tranquilidade necessária ao desenvolvimento deste trabalho.Ao amigo Prof. Dr. Roberto Álvares de Andrade pelo companheirismo ecolaboração na pesquisa desenvolvida.Aos amigos Flávio Bezerra Costa e Rômulo P. Reis, pelo profissionalismo edisposição sempre dispensados em todos os momentos exigidos durante aimplementação computacional da pesquisa desenvolvida.Ao amigo e irmão Marconi Lúcio Bezerra, pela amizade afetuosa e pelaconfiança que me foi depositada.Aos doutores Romualdo Menezes e Liszandra Campos pela colaboração nomanuseio dos equipamentos, realização dos ensaios e pelas dúvidas tiradas.

À Coordenação do Doutorado em Engenharia de Processos da UFCG, napessoa do Prof. Dr. Flávio Luiz Honorato da Silva, pelas condições oferecidas paraque esta tese fosse concluída.Às Unidades Acadêmicas de Materiais e Mecânica, pelo apoio doslaboratórios, onde foram realizados os ensaios deste trabalho.A Universidade Federal de Roraima – UFRR, pela minha liberação para queeu pudesse realizar esta pesquisa.À CAPES, pelo apoio financeiro dado à realização deste trabalho.A todos aqueles que diretos e indiretamente colaboraram para a conclusãodeste trabalho.

BIOGRAFIA DO AUTORRosinaldo do Rio Medeiros é engenheiro civil, formado em 1990 pelo Departamentode Engenharia Civil do Campus II da Universidade Federal da Paraíba. Em 1994defendeu dissertação de mestrado em Engenharia Civil da Universidade Federal daParaíba. Desde 1995 é professor da Universidade Federal de Roraima.PUBLICAÇÕESMEDEIROS, R.R.; ANDRADE, R.A.; MENEZES, R.R.; NEVES, G.A,; FERREIRA,H.C. Influência do teor de quartzo na EPU e no comportamento mecânico demassas cerâmicas para uso em blocos furados. Evento: 18o Congresso Brasileirode Engenharia e Ciência dos Materiais/ CBECiMat. Porto de Galinhas-PE:Novembro de 2008.MEDEIROS, R.R.; ANDRADE, R.A.; MENEZES, R.R.; NEVES, G.A,; FERREIRA,H.C. Efeito do carbonato de cálcio sobre a EPU, a absorção e a porosidadeaparentes de blocos confeccionados com o emprego da cerâmica vermelha.Evento: 18o Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais/ CBECiMat.Porto de Galinhas-PE: Novembro de 2008.

SUMÁRIOCAPÍTULO I .171 INTRODUÇÃO.171.1 Objetivos.201.1.1 Objetivo geral.201.1.2 Objetivos específicos.20CAPÍTULO II .212 REVISÃO DA LITERATURA.212.1 Matérias-Primas para Cerâmica Vermelha.212.2 Processo de Extrusão.262.2.1 Principais Defeitos no Processamento de Blocos Cerâmicos.282.3 Expansão por umidade (EPU).302.3.1 Definição.302.3.2 Resumo histórico.312.3.3 Origem da EPU.,.352.3.4 Mecanismos responsáveis pela EPU.372.3.5 Fases cerâmicas responsáveis pela EPU.382.3.6 Efeito da temperatura de queima.392.3.7 Influência da adição de álcalis e das relações álcalis/alumina eálcalis/sílica.432.3.8 Problemas resultantes da EPU.452.3.9 Determinação da EPU.e normatizaçao.472.3.9.1 Determinação da expansão sofrida (Atual).482.3.9.2 Determinação da expansão potencial (Total).532.3.9.3 Determinação da expansão futura.572.4 Considerações sobre o Quartzo em Produtos Cerâmicos.582.4.1 Influência da inversão do quartzo no produto acabado. 602.5 Determinação das propriedades mecânicas de corpos cerâmicos sujeitos àEPU.63CAPÍTULO III .683 MATERIAIS E MÉTODOS.683.1 Materiais Utilizados.683.2 Metodologia.693.2.1 Ensaios de Caracterização.70

3.2.1.1 Caracterização Física.703.2.1.1.1 Análise Granulométrica.703.2.1.1.2 Ensaios de Plasticidade.703.2.1.2 Caracterização mineralógica.703.2.1.2.1 Análise química.713.2.1.2.2 Análises térmicas (DTA e TG).713.2.1.2.3 Difração de raios-X (DRX).723.2.2 Ensaios para determinação das propriedades físico-mecânicas.733.2.2.1 Preparação dos corpos-de-prova sem incorporação do quartzo.733.2.2.2 Preparação dos corpos de prova com incorporação do quartzo.743.2.3 Ensaios de EPU.743.2.3.1 Corpos de prova sem autoclavagem.743.2.3.2 Corpos de prova com autoclavagem.743.2.4 Ensaios para determinação da resistência mecânica antes e apósautoclavagem.75CAPÍTULO IV .774 RESULTADOS E DISCUSSÃO.774.1 Caracterização física.774.1.1 Análise granulométrica.774.1.2 Ensaios de plasticidade.794.1.2.1 Índices de Atterberg.794.2 Caracterização mineralógica.814.2.1 Composição química.814.2.2 Análises térmicas (DTA e TG).834.2.3 Difração de Raios-X (DR-X).894.2.3.1 Difratogramas das amostras autoclavadas e não autoclavadas obtidos apósqueima a 900oC.924.3 Ensaios para determinação das propriedades físico-mecânicas.954.3.1 Representação gráfica simultânea da absorção de água (AA), retração linear(RL) com a temperatura de queima. (Curva de gresificação).1014.4 Ensaios de EPU.1094.4.1 Resultados da EPU.1094.4.2 Correlação entre a EPU e a absorção de água (AA) dos blocos semautoclavagem.1154.4.3 Correlação entre a EPU e a absorção de água (AA) dos blocos comautoclavagem.1174.5 Correlação entre absorção de água (AA) e Tensão de ruptura à flexão (Trf)dos blocos sem autoclavagem.1184.6 Correlação entre absorção de água (AA) e Tensão de ruptura à flexão (Trf)dos blocos com autoclavagem.120

4.7 tensão de ruptura à Flexão (Trf).1214.8 Correlação entre Tensão de Ruptura à Flexão (Trf) e EPU dos Blocos semAutoclavagem.1244.9 Correlação entre Resistência Mecânica (Trf) e EPU dos Blocos comAutoclavagem.126CAPÍTULO V .1285 CONCLUSÕES.128CAPÍTULO VI .1326 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS.132REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.133APÊNDICE A.142APÊNDICE B.151

LISTA DE FIGURASFigura 2.1 Diagrama triaxial de Winkler.23Figura 2.2 Forças de compressão no interior de uma extrusora.29Figura 2.3a Representação esquemática de uma partícula (a) sob ação da tensãosuperficial.36Figura 2.3b Representação esquemática de uma partícula (b) quando a adsorçãode água reduz a tensão superficial.36Figura 2.4 Relação entre temperatura de queima e EPU após autoclavagem por 96h a 200oC.41Figura 2.5 Efeito da temperatura de queima sobre a EPU (em autoclave) de argilascomerciais.42Figura 2.6 Efeito (a) da razão (Na2O K2O)/ Al2O3 e (b) da razão Al2O3/SiO2 naEPU de corpos argilosos (Young e Brownell, 1959).44Figura 2.7 Efeito da temperatura de sinterização na EPU de corpos cauliníticos comadições de álcalis (Na e K).45Figura 2.8 Curva típica de peça que sofreu expansão por umidade (EPU).50Figura 2.9 Expansão por umidade em função do tempo de tratamento após queimaem três temperaturas .55Figura 2.10 Expansões térmicas lineares do quartzo e de uma cerâmicatriaxial.61Figura 2.11 Ilustração esquemática da ruptura à flexão utilizando três pontos decarga.64Figura 2.12 Comparação da distribuição de tensão pelos três (a) e quatropontos(b).65Figura 3.1 Fluxograma da pesquisa.69Figura 3.2 Aparelho de análises térmicas – modelo RB 3000-20 da BP Eng.72Figura 3.3 Esquema para ensaios de flexão (Máquina Instron 5582)).76Figura 4.1Distribuição granulométrica por tamanho de partículas das massasestudadas.79Figura 4.2 Curvas simultâneas de DTA e TG da amostra argila plástica.83Figura 4.3 Curvas simultâneas de DTA e TG da amostra massa industrial.85Figura 4.4 Curvas simultâneas de DTA e TG da amostra AP 10Q.86

Figura 4.5Figura 4.6Figura 4.7Figura 4.8Figura 4.9Curvas simultâneas de DTA e TG da amostra AP 20Q .87Curvas simultâneas de DTA e TG da amostra AP 30Q .88Difratograma de raios-x da amostra argila plástica.90Difratograma de raios X da amostra Massa industrial.91Difratogramas de raios X da amostra massa industrial.92Figura 4.10Figura 4.11Figura 4.12Figura 4.13Figura 4.14Figura 4.15Figura 4.16Figura 4.17Figura 4.18Figura 4.19Figura 4.20Figura 4.21Figura 4.22Figura 4.23Figura 4.24Difratogramas de raios X da amostra argila plástica.93Difratogramas de raios X da amostra AP 10 Q.93Difratogramas de raios X da amostra AP 20 Q.94Difratogramas de raios X da amostra AP 30 Q.94Curvas de gresificação da massa industrial sem autoclave.103Curvas de gresificação da amostra argila plástica sem autoc,,,.104Curvas de gresificação da amostra AP 10Q sem autoclave.104Curvas de gresificação da amostra AP 20Q sem autoclave.105Curvas de gresificação da amostra AP 30Q sem autoclave.105Curvas de gresificação da massa industrial com autoclave.106Curvas de gresificação da amostra argila plástica com autoc.106Curvas de gresificação da amostra AP 10Q com autoclave.107Curvas de gresificação da amostra AP 20Q com autoclave.107Curvas de gresificação da amostra AP 30Q com autoclave.108Efeito da temperatura de queima sobre a EPU dos corpos de provasem o tratamento em autoclave.113Figura 4.25 Efeito da temperatura de queima sobre a EPU dos corpos de provacom tratamento em autoclave (5h a 0,7 MPa).113Figura 4.26 EPU x absorção de água (AA) para blocos sem autoclave.117Figura 4.27 EPU x absorção de água (AA) para blocos com autoclave.118Figura 4.28 Tensão de ruptura à flexão (Trf) x absorção de água (AA) para blocossem autoclave.119Figura 4.29 Tensão de ruptura à flexão (Trf) x absorção de água (AA) para blocoscom autoclave.120Figura 4.30 Efeito da temperatura de queima sobre a tensão de ruptura à flexãodas amostras sem autoclavagem.122Figura 4.31 Efeito da temperatura de queima sobre a tensão de ruptura à flexãodas amostras com autoclavagem.123Figura 4.32 Tensão de ruptura à flexão (Trf) x EPU para blocos sem autoclave.125Figura 4.33 Tensão de ruptura à flexão (Trf) x EPU para blocos com autoclave.126

LISTA DE TABELASTabela 2.1 - Características do quartzo α e β.62Tabela 4.1 - Tamanho das partículas por difração a laser.78Tabela 4.2 - Índices de Atterberg das massas estudadas.80Tabela 4.3 – Composição química das massas estudadas.81Tabela 4.4 – Razões alumina/ sílica (A/S) e óxidos de sódio potássio/ alumina((N K)/A).

ROSINALDO DO RIO MEDEIROS INFLUÊNCIA DO TEOR DE QUARTZO NA EXPANSÃO POR UMIDADE E NO COMPORTAMENTO MECÂNICO DE MASSAS CERÂMICAS PARA USO EM BLOCOS FURADOS Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos da Universidade Federal de Cam

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