Universidade Do Estado Do Pará - UEPA

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Universidade do Estado do ParáReitorVice-ReitorPró-Reitor de Pesquisa e Pós-GraduçãoPró-Reitora de GraduaçãoPró-Reitora de ExtensãoPró-Reitor de Gestão e PlanejamentoRubens Cardoso da SilvaClay Anderson Nunes ChagasRenato da Costa TeixeiraAna da Conceição OliveiraAlba Lúcia Ribeiro Raithy PereiraCarlos José Capela BispoEditora da Universidade do Estado do ParáCoordenador e Editor-ChefeConselho EditorialNilson Bezerra NetoFrancisca Regina Oliveira CarneiroHebe Morganne Campos RibeiroJoelma Cristina Parente Monteiro AlencarJosebel Akel FaresJosé Alberto Silva de SáJuarez Antônio Simões QuaresmaLia Braga VieiraMaria das Graças da SilvaMaria do Perpétuo Socorro Cardoso da SilvaMarília Brasil XavierNúbia Suely Silva SantosRenato da Costa Teixeira (Presidente)Robson José de Souza DominguesPedro Franco de SáTânia Regina Lobato dos SantosValéria Marques Ferreira Normando

EDUEPA 2020RealizaçãoUniversidade do Estado do Pará - UEPAEditora da Universidade do Estado do Pará - EDUEPAApoioNormalização e RevisãoDesignApoio TécnicoMarco Antônio da Costa CameloFlávio AraujoArte da CapaDiagramaçãoArlene Sales Duarte CaldeiraBruna Toscano GibsonRamayana Isis Torres PenaOdivaldo Teixeira LopesDados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)Sistema de Bibliotecas da UEPA / SIBIUEPAL755 Língua Latina: estudos teóricos para a prática / Elisa Maria Pinheirode Souza; Waldinett Nascimento Torres Pena (Orgs.). – Belém :EDUEPA, 2020.123 p.Inclui bibliografiasISBN: 978-65-88106-03-71. Língua latina. 2. Latim - origem. 3. Latim - gramática normativa.4. Latim - vocabulário. I. Souza, Elisa Maria Pinheiro de. II. Pena,Waldinett Nascimento Torres. III. Título.CDD 475 – 22.ed.Ficha Catalográfica: Rosilene Rocha CRB-2/1134Editora filiadaEditora da Universidade do Estado do Pará - EDUEPATravessa D. Pedro I, 519 - CEP: 66050-100E-mail: eduepa@uepa.br/livrariadauepa@gmail.comTelefone: (91) 3222-5624@eduepaoficial

ORGANIZADORASELISA MARIA PINHEIRO DE SOUZAGraduada em Letras e Pedagogia, Mestre em Ciências da Educação– Docência Universitária pelo Instituto Pedagógico Latino Americano eCaribenho e Doutora em Educação pela Pontificia Universidade Católicado Rio de Janeiro. Professora Adjunta IV da Universidade do Estadodo Pará, membro do Núcleo de Estudos Linguísticos e Literários, líderdo Grupo de Pesquisa Linguagens e Tecnologias, membro do ConselhoEditorial das Revistas “Ribanceira” e “Asas da Palavra, coordenadora doPrograma de Pós-Graduação em Ensino de Língua Portuguesa e suasrespectivas literaturas – Mestrado Profissional. Experiência na área deLetras, com ênfase em Línguística, atuando principalmente, com os temas:educação, morfossintaxe, língua latina, diacronia da língua portuguesa,prática pedagógica, tecnologias digitais e educação a distância.WALDINETT NASCIMENTO TORRES PENAGraduada em Letras e Artes (UFPA 1978) e Especialista emLíngua Portuguesa numa abordagem textual (UFPA- 2005), mestrandaem Ciência da Educação pela Universidade de Columbia – Py, Professorasubstituta da Universidade do Estado do Pará em turmas de graduaçãoe de especialização na interiorização da UEPA. Experiência na área deLetras, com ênfase em Letras Clássicas, ministrante das disciplinas LínguaLatina, Língua Grega, Português Diacrônico; atuando também emLinguística, principalmente com Fonética e Fonologia, Morfossintaxe,Semiótica e Análise do Discurso; em Literaturas: Portuguesa e Infantojuvenil: práticas Pedagógicas e Educação a Distância.

SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO9I – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A LÍNGUA LATINA111. RETROSPECTIVA HISTÓRICA142. MODALIDADES DO LATIM163. AS LÍNGUAS ROMÂNICAS184. ALFABETO, PRONÚNCIA E ACENTUAÇÃO20II – RELEMBRANDO A ANÁLISE SINTÁTICA25III – SISTEMAS LATINOS: NOMINAL E VERBAL291. SISTEMA NOMINAL LATINO291.1. AS DECLINAÇÕES322. SISTEMA VERBAL LATINO32IV – A PRIMEIRA DECLINAÇÃO LATINA361. VERBO SUM392. O PREDICATIVO DO SUJEITO41V – PRONOMES PESSOAIS1 . 1ª CONJUGAÇÃO ATIVAVI – A SEGUNDA DECLINAÇÃO LATINA4143501. A DECLINAÇÃO502. OS ADJETIVOS DE 1ª CLASSE52

VII – A CONJUGAÇÃO PASSIVA531.A AGENTE DA PASSIVA532. A CONJUGAÇÃO VERBAL54VIII – A TERCEIRA DECLINAÇÃO581.A DECLINAÇÃO582. OS ADJETIVOS DE 2ª CLASSE643. OS GRAUS DOS ADJETIVOS66IX – OUTRAS DECLINAÇÕES701. A QUARTA DECLINAÇÃO702. A QUINTA DECLINAÇÃO72X – OUTRAS CLASSES DE PLAVRAS741. NUMERAIS742. ADVÉRBIOS763. PREPOSIÇÕES804. CONJUNCÕES825. INTERJEIÇÕES83XI – REDUÇÃO DOS CASOS, DECLINAÇÕES E CONJUGAÇÕESLATINAS841. REDUÇÃO DOS CASOS842. REDUÇÃO DAS DECLINAÇÕES LATINAS863. REDUÇÃO DAS CONJUGAÇÕES LATINAS87XII. VOCABULÁRIO92

APRESENTAÇÃOHá muito tempo venho ministrando a disciplina Língua Latina paraos discentes de Cursos de Letras e de cursos de Filosofia, momentos emque me defronto com as dificuldades apresentadas por eles durante oaprendizado desse idioma.É comum pensar que a Língua Latina seja difícil de aprender,acessível a uns poucos por certo, pelo esquecimento de que o Portuguêstraz o latim em sua essência e que , no dia-a-dia, palavras latinas são usadas,sem que haja ponderações sobre a etmologia delas, sendo tratadas comose sempre houvessem sido portuguesas. É importante frisar que, emborao Latim não seja mais um idioma de comunicação, é presença marcanteno uso consciente do Português, tanto que continua vivo no léxico daLíngua Portuguesa, cuja formação estrutural tem, em seu arcabouço, umpercentual bastante significativo de vocábulos oriundos do Latim.No espaço escolar, o aprendizado da língua latina não objetivaa proficiência na fala e na escrita dessa língua, mas para ter acesso aobásico da lingua que alicerçou a nossa língua materna. Elas se encontramentrelaçadas, tanto que o aprendizado da língua latina requer o domínio,mesmo que seja razoável, da língua portuguesa, em específico de suaanálise sintática, estabelecida pela gramática normativa.A elaboração deste trabalho não teve a pretensão de substituir asobras existentes, de valor inestimável para o conhecimento da LínguaLatina e sim a de apresentar informes, de maneira sistematizada, aindaque sumária, sobre uma língua considerada morta por muitos estudiosos,mas ainda presente em nosso cotidiano. Desta forma, constitui-se emuma fonte de consulta, destinada, prioritariamente, a universitários, parauma melhor leitura e compreensão de palavras e expressões desse idioma,9Sumário

utilizadas a todo momento, em suas práticas orais ou escritas.Acreditando ser de grande valia a apresentação de questões básicasda língua latina, com vistas à instrumentalização do aluno em termos dacompreensão da linguagem latina, ou seja, de uma iniciação ao estudodessa língua: neste material, foram tecidas algumas considerações sobrea Língua Latina, em termos de sua importância, aspectos históricos,evolução, características literárias, modalidades, alfabeto, pronúncia eacentuação; da relação entre declinações e casos latinos; das estruturasmorfossintáticas e da redução dos casos e das conjugações verbais desseidioma que tanto influenciou o nosso. Assim, é aqui apresentado aquiloque julgamos como essencial, o que significou partir da palavra, focalizar apalavra na frase alcançando a estrutura dos períodos e do texto.Bons estudos!Waldinett TorresSumário10

I – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A LÍNGUALATINAMuitos acadêmicos questionam se os textos sobre a história dalíngua latina ainda teriam relevância nos estudos das Letras, talvez porentenderem que tudo já foi dito, mas cremos que sim, pois, infelizmente,é comum encontrarmos afirmações errôneas e um tanto equivocadasacerca da língua latina e suas variedades em autores da atualidade,predominantemente, em livros de iniciação aos estudos de Latim. Daía nossa preocupação em prestarmos alguns esclarecimentos quanto aoassunto, partindo das seguintes perguntas:Qual a razão desse estudo?Por que retroceder no tempo?Em que situações da práxis pedagógica terãoaplicabilidades os conhecimento aprendidos?11Sumário

Quais as respostas para os questionamentos acima?As respostas são simples. Como afirma Silva (1991:13): “Opassado se esgueira pelo presente e pode clareá-lo, mesmo que se tenha,teoricamente, em muitos casos, como explicar (ou descrever?) o presentesem viagens pelo passado”.O fazer pedagógico de um docente da área da linguagem requer aapropriação de fundamentos linguísticos de teor metodológico e teórico,além de informes sobre os aspectos históricos da língua materna, cujaaquisição está vinculada a um retroceder no tempo.O estudo da Língua Latina é importante para o aprendizadoda língua portuguesa, tanto que professores de língua portuguesaprecisam conhecer as origens da língua que ensinam, via aevolução e estrutura da língua latina fundamentada na sintaxe.O latim fornece uma abordagem histórica da Língua Portuguesa,conhecimento sobre fenômenos inerentes à evolução da língua maternae a constatação de que a língua esteve, está e sempre estará viva.O latim continua existindo entre nós, no interior das línguasneolatinas e, em específico, a língua portuguesa. Tal afirmaçãoprocede, apesar do latim como língua nacional de um povo estar acentenas de anos distante da época atual e é facilmente comprovadaem algumas situações do dia a dia dos falantes, como por exemplo,no uso de expressões como Curriculum vitae, Cursos de pós-graduaçãolato sensu ou stricto sensu, Campi ou de termos inerentes a área datecnologia atual - deletar verbo to delete (inglês) origem latinadelere destruir.Sumário12

O ensino da língua latina deixou de ser obrigatório nas escolasbrasileiras, o que acarretou o desconhecimento das origens do idiomapelos professores. Atualmente, são vários os questionamentos sobre alíngua latina, tais como: É uma língua morta? Por que estudar latim?Que benefícios são oriundos do estudo dessa língua?As línguas podem ser extintas, mortas e vivas. As primeiras não sãomais faladas, sem provas de sua existência, como a língua dos etruscos,celtas e a dos primitivos habitantes da terra. As segundas não possuemfalantes nativos, embora sejam detentoras de gramática e vocabulárioconhecidos e de registros em documentos escritos, que possibilitam seuestudo na atualidade, como o latim e o sânscrito. As línguas vivas são asque sofrem transformações como a língua portuguesa.O estudo da língua latina desenvolve o raciocínio abstrato eanalítico, desperta a curiosidade, aumenta o poder de concentração,cria o hábito da análise sintética, favorece a compreensão da linguagem,organiza o pensamento, amplia o senso crítico, condiciona o pensamentoàs argumentações abstratas, melhora a capacidade de julgamento, agiliza edisciplina a mente.13Sumário

1. RETROSPECTIVA HISTÓRICAAs origens da língua latina remontam aoséc. VII a.C1. e seu período final alcança o séc.V. d.C., se enquadrando no período que vai dafundação de Roma (753 a.C.) até a queda doImpério Romano do Ocidente (476 d.C.).Suas origens estão assentadas no Lácio(Latium), região central da Itália, onde, emmeados do século VIII a. C., foi fundada acidade de Roma e na qual residiam pastores eagricultores. Absorvendo os falares itálicos,tornou-se a língua nacional do Império Romano,embora, como acontece em todas as línguas,não era rigorosamente uniforme em todo o país.O latim originou-se de uma língua hipotética, denominada indoeuropeu, reconstruída a partir de estudos comparativos das línguasconhecidas, como o latim, o grego e o sânscrito, línguas antigas da Europae da Ásia. As semelhanças apresentadas em suas gramáticas induziram apressuposição de que existia uma língua primitiva comum a elas.O Latim apresenta cinco períodos evolutivos:A - Período proto-histórico vai do Séc. III a 240 a. C. asprimeiras inscrições.B - Período arcaico: vai de 240 a. C. a 81 a. C. os textosepigráficos e literários.1Os autores antigos faziam referências às datas tendo como ponto de partida o ano da fundaçãode Roma (753 a. C.): Anno trecentésimo quinquagésimo post Romam conditam, ou seja, 753-350 403 a.C.Sumário14

C - Período clássico: vai de 81 a. C. a 17 d. C. o apogeu da prosae a poesia.D - Período pós-clássico: vai de17 d. C. ao Séc. II d. C. poetas eprosadores não italianos com desvio do modelo clássico.E - Período cristão: vai Séc. III d. C. ao Séc.V d. C. Textos deSanto Agostinho, Santo Ambrósio.Por influência grega o latim adquire características literárias a partirdo século III a. C., alcançando seu apogeu no século l d.C., chamado deidade de ouro. Os maiores literatos latinos dessa época foram: Marco TúlioCícero, político, filósofo e importante orador (106-43 a. C.); Caio Júlio César,escritor e general romano (100-44 a. C.); Caio Crispo Salústio, historiador(87-35 a. C.); Públio Vergílio Marão, poeta (70-19 a. C.); Quinto HorácioFlaco, poeta (65-8 a. C.); Públio Ovídio Nasão, lírico (43 a. C. a 17 d. C.).Com a invasão bárbaro-germânica houve a queda efragmentação do Império Romano bem como a eliminação doselementos unificadores do idioma. Nesse contexto, o Latim Vulgar,falado no território da Península Ibérica, já bastante modificado pelaação do substrato linguístico2 peninsular sofreu dialetação3No século VIII, os árabes vindos do norte da Áfricainvadiram a Península Ibérica. Portadores de uma cultura superiorimpuseram sua língua, como oficial, aos habitantes da Península,que não aceitando tal imposição devido às oposições de raça,língua e religião, continuaram a falar o romance, ou seja, o LatimVulgar modificado.Língua de um povo vencido sobre o qual se superpõe a língua do vencedor.Segundo Mattoso Cãmara, dialeto é a modificação regional de uma língua, ou ainda,são línguas regionais que apresentam entre si coincidências de traços linguísticos.2315Sumário

Os árabes permaneceram na Península por mais de sete séculos4,entretanto exerceram pouca influência no referente à língua portuguesa, aqual se restringiu ao léxico, representada pela presença de vocábulos que,de modo geral, são caracterizados pelo prefixo AL (artigo definido árabe):álgebra, álcool, alface, algarismo, alfazema, alcachofra, almofada, alfinete, algema, algodão, alqueire.2. MODALIDADES DO LATIMEm Roma, naqueles tempos, existiam duas modalidades lingüísticas,bastante distintas - o latim clássico e o vulgar -, decorrentes do usodespreocupado da língua, pelo povo. Tal fato ratifica o que dizia Serafimda Silva Neto5: (1986)uma língua tem dois empregos distintos, o literário,quase sempre escrito, usado pelos artistas da palavrae pela sociedade culta, difundido nas escolas eAcademias e o popular, falado quase sempre, de quese serve o povo despreocupado e inculto.O latim clássico era sempre escrito, perpassado pelo rigor dosliteratos enquanto o latim vulgar era a linguagem do povo que transmitiasuas ideias sem a preocupação com os preceitos gramaticais. Não eram duaslínguas diferentes e sim, duas modalidades da mesma língua coexistindosimultânea e paralelamente.A dominação árabe ocorreu entre os séculos VIII e XV. A expulsão deles ocorreu em1492 por Fernando de Aragão e Isabel de Castela5Intelectual do século XX que soube representar, via seu discurso, as ideias de seu tempo e de suas referências culturais, em específico, as relativas à história da língua portuguesa.4Sumário16

O latim vulgar era corrente entre as diversas classes da sociedaderomana, ou seja, falado pela classe média (familiar), classe baixa (plebeu),soldados (castrense), marinheiros (náutico), operários (proletário)e camponeses (rural). Com essa diversidade apresentava diferentesaspectos, os quais configuraram a sua designação que não conceitua umalíngua, mas um agrupamento de falares de vários tipos.O Latim clássico e o vulgar apresentam diferenças, tais como:ASPECTOSLATIM VULGARFONÉTICATendência para evitar vocábulos proparoxítonos.Álacrem alacre alegreLÉXICOPredominância do uso de vocábulos maispopulares e afetivos com sufixos diminutivos.Equus caballu cavaloIgnis focu fogoAuris Aurícula orelhaMORFOLOGIA Tendência para o uso de formas analíticas.Líber illu/unu libru o/um livroSINTAXE Uso de preposições e redução das desinênciascasuais.Ex: illu/uno libru (nominativo – sujeito)Segundo Edwin B. Williams (1961:16) O latim como língua vivaestava sujeito a constantes modificações. Enquanto a língua das classescultivadas (o latim clássico) se tornava cada vez mais uniforme sob ainfluência estabilizadora da cultura e do aprendizado, a língua do povo (olatim vulgar) se tornava cada vez mais diversificada na medida em que sedisseminava com a expansão do vasto Império Romano. O latim clássico17Sumário

se tornava uma língua morta, enquanto o latim vulgar se desenvolvia naschamadas línguas neolatinas ou românicas.A tradição não nos legou uma grande literatura para atestar aexistência do latim vulgar. Nosso conhecimento dele deriva das seguintesfontes:a) elementos populares, de origem intencional ou acidental, nolatim clássico e no medieval;b) observações linguísticas, no latim clássico e no medieval;c) elementos latinos nas línguas dos povos com os quais osromanos entraram em contato;d) as línguas românicas.O latim vulgar é, por conseguinte, uma língua reconstruída defragmentos heterogêneos e em grande parte na base de hipótese.3. AS LÍNGUAS ROMÂNICASNo séc. V ocorreu o fracionamento da unidade linguística do ImpérioRomano e a dialetação do latim vulgar, o qual passou a se desenvolverdiferentemente em cada região.Os falares regionais já não podiam ser chamados de latim emvirtude das grandes modificações introduzidas, entretanto ainda não seconfiguravam como instrumentos linguísticos de novas unidades sociais epolíticas. Essas formações dialetais do Latim Vulgar foram denominadasde romanços ou romances, falas intermediárias entre o Latim Vulgar e aslínguas românicas ou neolatinas.Sumário18

Dentre os vários romances, formados no período entre séc. V e IX,se destacam: o castelhano, o leonês, o galo-provençal, o lusitânico, do qualo português é um prolongamento.As dez línguas neolatinas estão assim distribuídas geograficamente:LÍNGUALOCALPORTUGUÊS (*) Portugal e suas ilhas e colônias na África e Ásia BrasilESPANHOL (*) Espanha e suas colônias na AméricaITALIANO (*) Itália, Córsega e SicíliaFRANCÊS (*) França, Bélgica, Suíça, Canadá, TunísiaROMENO (*) România e norte da MacedôniaRÉTICO (*) Tirol, Friul, Cantão dos Grisões (Suíça)GALEGO GalizaPROVENÇAL Provença (sul da França)CATALÃO Catalunha, Ilhas BalearesSARDO SardenhaDALMÁTICO Antes era falado na Dalmácia (Iugoslávia), atualmenteé língua morta(*) – Línguas oficiais19Sumário

4. ALFABETO, PRONÚNCIA E ACENTUAÇÃO4.1. O ALFABETO LATINOO alfabeto latino primitivo, utilizado pelosromanos a partir do sec VII a,C., derivou do alfabetoetrusco, que, por sua vez, evoluiu do alfabeto grego.Das 26 letras etruscas, os romanos adotaram 21letras, ou seja, mesmo quantitativo do alfabeto doportuguês atual. Na fase inicial, as letras J, V e Z nãoeram inclusas, mas o K e Z figuravam para facilitar aleitura e escrita das palavras de origem grega. Assim:LETRASCONSIDERAÇÕESIeU valores de consoante (precedendo vogal, independente daposição) e de vogal (demais casos)K aceita, no início, por influência do gregoYeZ por influência do grego, para facilitar as transcriçõesliterárias.J e V. no século XVI, foram adicionadas ao alfabeto.4.2. A PRONÚNCIA LATINAA pronúncia do latim clássico sofreu variações no decorrer de suaevolução, dentre as quais se destacam:I-eclesiástica, a ensinada no Brasil, com forte acento italiano, porinfluência dos padres da Igreja Católica era, até a década de 60.II -tradicional, aportuguesada, bastante usada pelos acadêmicosde direito.III - restaurada, adotada nas universidades, é resultante deSumário20

profundos estudos embasados na linguísticacomparativa, buscando a construção de umapronúncia mais original.Embora, não seja objetivo do estudoa prática da pronúncia do latim, são válidas asinformações seguintes:LETRASCONSIDERAÇÕESVogais manutenção do som original, em qualquer posição queocupe no vocábulo, evitando pronunciar o “o” como “u”e o “e” como “i” no final das palavras.Ditongos “ae” pronunciad

Universidade do Estado do Pará Reitor Rubens Cardoso da Silva Vice-Reitor Clay Anderson Nunes Chagas Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Gradução Renato da Costa Teixeira Pró-Reitora de Graduação Ana da Conceição Oliveira Pró-Reitora de Extensão Alba Lúcia Ribeiro Raithy Pereira Pró-Reitor de Gestão e Planejamento Carlos José Capela Bispo Editora da Universidade do Estado do Pará

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